quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E as meias?




Meias sujas de saibro são uma tradição.






E tradição é assim, dela não nos desapegamos facilmente.

O tradicional é um hábito consolidado que ganha contornos de história e alterá-lo é mexer com opiniões e emoções.


Mesmo que manchadas para sempre, as meias sujas do ocre do tijolo ostentam a marca das partidas, como as cicatrizes das batalhas.

Tenista que não tem uma meia encardida, é de desconfiar.

Mudança de cor


Imagine um jogo de futebol do seu time num gramado... vermelho.
Estranho?

Imagine um jogo de tênis no saibro... azul.
E aí?


Saibro azul, pintado. Assim será o piso do próximo Master 1000 de Madrid, a ser realizado entre 4 e 13 de maio de 2012. A medida valerá por pelo menos os próximos 2 anos. A novidade foi apresentada ontem pela organização do torneio. O promotor da competição, Ion Tiriac, afirma que a superfície vai facilitar a visualização da bola, por criar um melhor contraste, e também a transmissão de TV.



A mudança recebeu aprovação da ATP e da WTA.




Entendem por que Wimbledon é Wimbledon?







Nada a ver


Mesmo que facilite a visão da bola, Roger Federer e Rafael Nadal, mais conservadores, acreditam que pintar o saibro de azul não tem nada a ver. A novidade descaracteriza o jogo no piso de terra batida. É um outro jogo para tenistas e público.

Jogo sujo

E as meias?
Vão ficar azuis?



O campeão no saibro de Madrid não ficará sujo, melequento do pó vermelho, com as roupas imprestáveis e as meias podres?





Acho que ele ficará assim:













Aqui, vídeo do Terra sobre a quadra.

Fontes: Terra TV
Uol

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Alguém está olhando

Break point contra, tennis lover.
O cara do outro lado está só passando bola, esperando você errar.

Nervoso, você decide que tem que ir para as linhas.
Do lado de fora, os secadores observam.

"Tá com o braço encolhido. Hum hum."

Você sabe que precisa desse ponto.
Agride.
Bate uma paralela funda, junto à linha, vencedora e, pronto para soltar aquele 'vâmo' preso na alma, escuta o adversário gritar FORA! e apontar aquele dedinho salafrário.

Você viu que a bola foi boa.
Todos os de fora viram.
Mas ninguém quer falar nada. Não vão se meter na marcação. A quadra é dura, não deixa marca e, lá na praça, guerreiro, não tem o challenge.

Depois da confusão, das desconfianças e da certeza de que não se voltará atrás no ponto, você perde um jogo que sabe que poderia ter vencido.

Mas você venceu.
Só que não sabe.

Vitória moral




"O que fazemos em vida ecoa na eternidade." Maximus Decimus Meridius 








A frase do gladiador, que não é o Kléber, é uma máxima ética.



Serve para todas as ocasiões, inclusive no tênis. O que você faz em quadra revela um pouco do que você é, my friend TL. E fica registrado.

Se você foi justo e educado e seu adversário foi o contrário disso, tendo vencido o jogo, ele perdeu o respeito. Já você, tendo perdido um, ganhou o outro .

Alguém sempre está olhando e, vendo, julgando.



Cuidado


Vejam o Nadal.


Apalpou o Juan Monaco.

Achou que ninguém estava observando essa bola fora.

Ou bola dentro.

Você é quem julga, tennis lover.

Ui!




fonte: Facebook Tenisbr

domingo, 27 de novembro de 2011

Vamos morrer gritando


 Sheila Vieira 

LMAO RT : Q: "Do you feel like you're the best player in the world?" A: "Pfft. Who cares?" - The Fed.

Quem se importa? 

Quem se importa em ser um dos maiores e mais talentosos jogadores de tênis da história? Quem está se importando em ser admirado pelos fãs e reconhecido pelos próprios adversários como um profissional exemplar? Que importância há em ser uma legenda do esporte? 

"-Você se sente o melhor jogador do mundo?"
"-Puff. Quem se importa?" Roger Federer

Eu me importo, Roger. 

E não sou o único. Desconfio que haja uma legião de pessoas que pensam como eu. 

Nós, Roger, somos aqueles que, de alguma forma, vencem junto quando você vence. Com isso nos alegramos. Somos aqueles que batemos contigo uma paralela, uma cruzada vencedora e comemoramos como se o ponto fosse nosso. Festejamos as vitórias, ficamos fulos e até tristes nas derrotas. Nós, Roger, temos um pouco da tua mecânica quando jogamos, meio desengonçados em relação a ti, é claro. Mas acreditamos que também temos um pouco do teu talento. Vestimos tua camisa, usamos teu boné e metemos a mão com uma Wilson, Babolat, Prince, Head, não importa, sentindo que os pontos que vencemos, os jogos que ganhamos, possuem parte de ti como inspiração. 

Nós, Roger, somos os que nos deslumbramos com o tênis bem jogado. 

E tênis bem jogado, ora, Roger, é sinônimo do teu nome, my friend tennis lover. 
Ou diria, tennis master. 

Hoje mais master do que qualquer outro. 
Campeão das finais do ATP Tour. 

Merci, thanks, grazie, gracias, obrigado, Roger. 

Nós, que nos importamos, nos chamamos fãs. 

2012



Esperamos que o calendário Maia, Nostradamus e outros profetas apocalípticos estejam errados e que o mundo não acabe em 21/12/2012



Mas, se por acaso acabar, vai terminar com Federer jogando, o que é ótimo. 




"Acho que agora não estou com dúvidas sobre meu tênis. O fato de ter jogado bem em Paris e Londres me dá confiança para 2012. Mas todos os outros top estão muito bem e vai ser uma temporada dura, todos têm chance de ganhar os grandes torneios. " RF - TenisBrasil

Vamos morrer gritando 'C´mon, Rogeeeeer!'

Leia aqui  a reportagem do TB sobre a final em Londres. 

*Sheila Vieira escreve sobre tênis no TenisBrasil

*Beyond the Baseline é a coluna de tênis do SI.com




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Acorda, ô! A corda!

Tem momentos na carreira, tennis lover... 

...sim, carreira! Ou você está pensando que só os profissionais tem carreira?! Tenistas que tem o esporte pulsante nas veias, mesmo que não vivam do tênis, vivem para o tênis. Fazem isso com dedicação suficiente para sentir que possuem uma carreira, amadora, mas verdadeira. Ela está representada por aquele troféu no armário, aquela medalha brilhante onde se lê "honra ao mérito", nos calçados esfolados que vão ficando pelo caminho, nos dias de treino para melhorar o jogo, na frustração em épocas quando a fase não está boa. 

É sobre isso que queremos falar, my friend TL! 

Em um certo nível de jogo, para alcançar melhor rendimento, é preciso ajustar detalhes da raquete. 
Meter um peso extra, revisar a espessura do cabo, manter o grip sempre aderente e usar uma corda apropriada com a tensão adequada para o desempenho desejado. 

Para oferecer uma recomendação nesta área, o professor de tênis Renato Martins, street player like us, resolveu compartilhar uma dica sobre corda e tensão. 

Diz Renato:

Fiz uma pesquisa sobre a satisfação no uso da corda MSV Focus - HEX® 1.23 usada em vários modelos de raquete e principalmente na Wilson BLX Six.One Team 95. O resultado foi de 93% de aprovação, usando a tensão de 54 libras. Foram avaliados a durabilidade, spin, potência, controle, estabilidade da  tensão, toque e conforto. Todos os quesitos apresentaram performance bastante elevada, sendo que o spin ficou com o maior valor.

Valores de zero(0) até cinco(5). 

Spin = 3,80 
Estabilidade da tensão = 2,70.
Durabilidade = 2,50  
Controle = 2,50  
Potência = 1,60
Toque = 1,60 
Conforto = 1,50  



Acorda, ô!

Se você ainda não achou a corda ideal para o seu jogo, acorda, ô! 


Esta aí uma dica.  

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

El Manguito!

Manguito Rotator.

Parece nome de personagem mexicano.

Tipo Speed Gonzales.

"Ándale, ándale!"

El Manguito Rotator, señor de las trampas!!



As aventuras del Manguito, conjunto de músculos dos ombros, começam com dor e desconforto no ombro. É o ataque inicial do senhor das armadilhas. Geralmente essas dores são entendidas como reflexos normais de um esforço repetitivo e que somem com o repouso. Mas el Manguito, quando ataca de verdade, é persistente, dizem os médicos. E se não for tratado com conveniência desde a fase inicial, pode levar à cirurgia.






Este senhor cheio de empolgação, está fazendo um dos exercícios de fortalecimento para os músculos do ombro. Série recomendada às vítimas del Manguito.








Ándale, ándale!



Se el Manguito te pegou, tennis lover, é sinal de sobrecarga no ombro muito provavelmente gerada por algum equívoco mecânico no jogo. Leia aqui sobre o problema, procure o médico y ándale, vá se tratar para não ter que largar a raquete.








fonte: Terra

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quem quer dinheiro?

Você quer uma grana?

E quem não quer!

Um troco extra para pagar uma conta, trocar o calçado, comprar aquela bermuda xadrez do Nadal que mais parece uma toalha da cantina do gringo.





Hein, Zucchi?! Usando aquela peça?



Bom, para pegar uns pilas por fora você tem algumas opções, tennis lover.


As menos dignas, digamos assim, deixaremos de lado.






Vamos lá.
Você pode vender alguma mobília de casa.
Pode tentar uma fezinha.

Hein, Cigano?! Já gastou aquela beirada da quina?

Pode ir ao Sílvio Santos!




"Ah! Ooooiiii!! Hi,hiii! Auditório, quem queeerrr dinheiirooo?" 



Hein, Ademir? Que imitação é aquela?






E você pode também jogar tênis!
Isso! Jogar tênis e descolar uma grana se conseguir superar os adversários.

Torneio


Se você, tennis lover, acredita no poder da sua raquete, então aproveite para alcançar a consagração no torneio de duplas masculinas do Clube Aliança Campestre, em Esteio, na Grande Porto Alegre.

Estão abertas as inscrições até o dia 2 de dezembro.
São 16 vagas para cada uma das duas categorias, A e B.
Os jogos serão disputados no dia 4 de dezembro, um domingo. A inscrição custa R$ 50.

A premiação é em dinheiro.

A organização da competição é de Osmar Ribas, responsável pela área tenística do clube.
Para mais detalhes sobre o torneio e inscrições é só ligar para (51) 9898 6161 e falar com o próprio Ribas.

Repassando o serviço:
O quê? Torneio de tênis do Clube Aliança Campestre de Esteio.
Onde? Nas quadras do clube.
Quando? No dia 4/12/2011
Como? Fazendo a inscrição até 2/12/2011
Quanto? R$ 50




Agora, se você não confia no taco, tennis lover,  vá trabalhar até mais tarde pra ver se sai um aumento.

sábado, 19 de novembro de 2011

Quase tênis

Na quadra pública há tenistas que jogam bem.

Outros, nem tanto.

Na democracia da praça todos se misturam.

E nos jogos surgem jogadas e golpes que se aproximam daquilo que é feito pelos grandes tenistas.

Se aproximam, eu disse.

Quase 


Em complemento ao post anterior (já sabendo da eliminação do Bellucci), sobre fundamentos do tênis, vamos revelar agora, tennis lover, alguns dos golpes mais populares na quadra pública.

Preste atenção e veja se você não está praticando um esporte que é quase tênis.

Arsenal


O primeiro dos golpes predominantes na pracinha é o FORAHAND.


Ele é parecido com o forehand a não ser por um conjunto de detalhes. Enquanto o forehand é aquela direita demolidora, o FORAHAND é aquela patada de direita reta que faz a bola sair igual a um pombo sem asa, como diria o Sílvio Luiz.

"Olho no laaaanceee!" SL

A bola só não arranca a cabeça do voleador da rede ou porque ele sai da frente ou porque vai tão alta que nem com escada daria para alcançar. Só para na cerca ou no matagal.



O segundo golpe é um pouco mais complexo. É o BREQUEHAND.

Semelhante ao backhand, o BREQUEHAND, em vez de ser a devastação das paralelas e o pânico das cruzadas ao melhor estilo Guga Kuerten, é uma esquerdinha travada, daí o nome, com o bracinho coladinho como se o tenista tentasse esconder o cheiro do sovaco vencido. Com o BREQUEHAND o máximo que o atleta consegue é que sua bola morra na rede quando, não raros os casos, ainda quica na própria quadra. Um horror.

Vamos ao terceiro golpe do arsenal.

Preste atenção.

É quase igual ao drop shot. Se chama DROP SHIT.

Longe de ser uma deixadinha de sublime categoria, o DROP SHIT é uma largada sem controle e efeito, mais para defeito. Um cocô em forma de lance.


Na foto, vemos Roger Pires, também chamado pelos humorados colegas da praça de Vera Verão, Venus Williams, Milk e outros apelidos. Roger aprendeu a jogar na quadra pública. É um bom tenista, mas tem no currículo algumas vergonhas como esta pose cheia de frescor na perfeita execução de um DROP SHIT.


Boa ilustração, Roger!
Merci, mon ami!


Para encerrar, o pai e a mãe de todos os deprimentes golpes acima descritos e demonstrados.

É o ERRO NÃO ESFORÇADO.

Quase um erro não forçado, aquele em que o tenista tenta com toda a alma uma bola e acaba errando sozinho, o ERRO NÃO ESFORÇADO é a materialização da preguiça em quadra. É cometido pelo atleta que plantado, mais parece uma palmeira pronta para fornecer suculentos palmitos. Este tenista só bate seguro quando a bola vai até ele e só se mexe pra valer quando alguém oferece um doce, uma Coca-Cola ou solta um pittbull na cancha. Uma calamidade.

Tennis lover, se este é seu arsenal mais executado, você está quase jogando tênis.

Quase pronta




As obras de recuperação da quadra 1 do Parque Germânia avançam. Sem chuva, já foi possível colocar a capa do piso. Em breve deve começar a pintura. O prazo para entrega das duas quadras, renovadas, é 5 de dezembro, se não houver atrasos.


C´mon.

Das raquetes às luvas

Tênis é luta.
Tênis é estratégia.
Tênis é emoção.
Tênis é inteligência.

A vitória de ontem do nosso Thomaz Bellucci permite uma comparação com outro esporte.

Pensemos no MMA.

Dois lutadores se enfrentam. Um, muito forte fisicamente. Outro, menos massudo. O combate se dá e o menos forte vence fácil.

Por quê?

Por ter mais técnica e maior controle das ações no ringue. Sabe onde bater e como. Domina os golpes e acerta com precisão o adversário. Varia a maneira de atacar e defender, surpreendendo o adversário e, sem se expor, ganha.

O lutador técnico é admirado, respeitado e temido.
É um campeão.

Das luvas às raquetes


Bellucci, número 37 do mundo, está numa fase ruim. Venceu ontem o eslovaco Martin Klizan, número 90 do ranking no ATP Challenger Finals, em São Paulo, na marra. Arrancou a vitória necessária para se classificar às semifinais na bacia das almas, como diria Paulo Cleto, no tie braek do 3º set.

Mas Thomaz não jogou bem.
Ganhou esperneando.


Resistindo à dominação do adversário que também não é um tenista superior ao brasileiro. Eles se equivalem neste momento, apesar da diferença no ranking. A vitória de Bellucci veio carregada de uma série de erros não forçados, de perda de foco, de descontrole emocional, de pouca versatilidade nos golpes.


Thomaz Bellucci venceu e a única virtude vista foi a da persistência.

Das raquetes às luvas


Comparando o jogo de ontem a uma luta, Bellucci venceu lutando mal.
Acertou um golpe, levou vários e poderia ter perdido com a mesma margem com a qual ganhou.

Não amassou Klizan.

Assim como na luta um atleta não se torna um admirado campeão com mata-cobras, no tênis, sem qualidade nos tiros, cabeça e fundamentos, não se conquista o louro dourado do respeito e dos grandes títulos.

Nas mãos e nas mentes


Fernando Fontoura, filiado à United States Professional Tennis Registry, USPTR, diz o seguinte:

"Tênis é 90% fundamentos. (...) Se seus fundamentos não estão bons, você conseguirá praticar alguns golpes razoáveis, mas estará criando maus hábitos e também limitando seu potencial." (FONTOURA, Fernando. Configure seu Jogo - O tênis além do instinto. Página 83. Ed. Libretos)


Então, tennis lover, nem na pracinha você está ganhando daquele funcionário de São João, que só solta balão sem peso?

Vá logo refletir e treinar.

E convida o Bellucci.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aquela história

Segundo set.
40 x 15. 

Primeiro serviço no meio. Devolução de slice no centro da quadra. Segunda bola de forehand cruzada, funda e aberta. Winner. 

Game, set and match. 

Depois termino essa história. 

Novo território

Na manhã de hoje, fomos eu, meu inseparável chapéu... antes que você diga que é estilo, máscara, ridículo, saiba, tennis lover, que é proteção contra o sol. Se você acha que é frescura, vá ao dermatologista que ele te explica, já te mijando, que tomar sol direto é um problema e te manda, não pede, usar bloqueador solar e alguma proteção física. Com a radiação não se brinca. No site do Cptec/Inpe tem a previsão meteorológica para as capitais brasileiras e o índice de radiação solar diária. Ela quase sempre é extrema em todo o Brasil.  

Voltando.

Na manhã de hoje, fomos eu, meu chapéu e o tennis fellow Amauri, jornalista do Correio do Povo, até a quadra da praça Adel de Carvalho, no bairro Ipanema, na zona sul de Porto Alegre. O espaço foi apresentado pelo Amauri no blog Área de Saque, gerenciado por ele no CP. 
O piso é realmente um asfalto um tanto gasto. Pode interferir na trajetória da bola tanto quanto ocorre num saibro meio guasca como alguns que se encontram por aí. Se houvesse interesse da prefeitura ou uma reivindicação dos usuários, poderia ser feita uma manutenção incluindo uma recapagem da quadra. A rede está boa e tem iluminação, permitindo  jogos noturnos. O lugar é silencioso e pacato. Está no coração de uma área essencialmente residencial. Além dos pássaros e algum ruído de carro, o som predominante da manhã foi o da bola e o dos estudantes que ocuparam  a quadra de futsal ao lado da de tênis.

As crianças foram testemunhas.  


Aquela história

Game, set and match.

Com aquela bola vencedora, cruzada e aberta, encerramos o jogo contra o Amauri. Quando tiramos a foto para o blog, ele falou:

"Pra ser humilhado na rede mundial de computadores..."

É que vencemos o amigo por 2 x 0, 6x1/6x0. 
Como sabemos que tênis de rua não é para fracos, temos certeza de que o Amauri aguenta essa. 

C´mon!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Só os cães suportam

"Não é para os fracos, definitivamente." Amauri Knevitz Jr., jornalista 


A frase do colega de profissão e raquete é a síntese do tênis de rua. 


A citação foi extraída do post publicado por ele no blog Área de Saque, no Correio do Povo online, sobre as quadra públicas disponíveis em Porto Alegre e interior do Rio Grande do Sul para jogar tênis. 


Vale a pena ler por 3 motivos: 
1- é sobre tênis;
2- é sobre tênis em canchas públicas; 
3- faz menção ao nosso blog, Tênis de Rua. 


Tcharããã!!! 


Amauri, que é um street player like us, está engajado na cruzada de expandir a comunidade dos tenistas que abrilhantam as praças com jogadas dignas de Roger Federer, mas que quase ninguém fica sabendo porque não tem transmissão de tv, replay ou vídeo no Youtube. 


Claro que na praça também se dão os mais bizarros lances e é sorte não ter transmissão de tv, replay ou vídeo no Youtube. 


Mas isso não é culpa apenas da qualidade dos nobres tenistas. 


É resultado de um conjunto de fatores como as condições do piso, a ventania, os odores periféricos (como cita o Amauri), a poluição sonora, a visual, as diferenças de nível entre adversários que se vêem forçados a jogar juntos para não perderem a vez na quadra, a cotação do Euro, a dívida pública grega, o programa nuclear iraniano e as malditas bolas carecas e sem pressão que alguém apresenta para o jogo, salvando a caterva muquirana que só vai com a raquete embaixo do braço, contando que o "outro" tenha bolinhas. 


Jogar bem, em situações assim, é para cascudos, como diria Renato Portaluppi.



Só os cães da raquete suportam a pressão.


Au, au, baby!!  

sábado, 12 de novembro de 2011

Vai ou não vai

Esse cara fazendo biquinho, não está falando Francês.

Está explicando, em Português mesmo, como deve ser a a reforma nas quadras do Parque Germânia, junto ao Jardim Europa, onde jogamos nosso tênis.

Diz o Roberto Rocha que a reforma da quadra 2 não avançou além da abertura dos pontos de infiltração porque o material para a próxima etapa das obras estava por chegar e chegou. O trabalho deve continuar na semana que vem. Após a conclusão, a quadra fica fechada por alguns dias para a secagem necessária do piso e da tinta. Em seguida ela será liberada e então começa a reforma na quadra 1, onde os amigos tenistas Allan Takagi e o Ademir Brandt ( a dupla sem camisa) venceram o set contra o Paulo Diebold e o Darci Gizeria por 7 x 5, após provocações e tiradas de sarro, bem típicos do tênis na várzea.

Bom, como o Roberto, aquele do biquinho, sabe sobre a reforma. Ele é o tenista que tomou a frente na cobrança por melhorias nas quadras do Germânia. Foi à administração do parque, prefeitura e construtora responsável pelo empreendimento imobiliário na região. Levou nossas reivindicações acompanhadas de outros tenistas e de uma lista com dezenas de assinaturas. Agora, com a obra em execução, ele permanece acompanhado o processo. De acordo com o Roberto, até o dia 5 de dezembro as duas quadras devem estar prontas.


Vai ou não vai, dependendo da existência de motivos para atrasos.

Break Point


A nota do dia em resultados foi o jogo na quadra 1 do Parque Montaury no fim de tarde.

Sob os olhares do casal de amigos jornalistas, Simone Lazzari, da TVCOM e Igor Pereira, da Band, Nico e Ribas levaram um pneu ou seja, perderam de 0 x 6 para mim, Charles Dalberto e para o amigo Botija.

Opa! Amigo Botija não que ele não aprova.

Ele prefere ser chamado de Roger Federer apesar de a única coisa que ele tem de parecido com o suíço é uma camisa e um boné que deve ter recebido de presente da patroa.

Bom, como estávamos dizendo, o amigo Botty John Federer, também conhecido como Rodrigo Lacerda e eu metemos um pneu constrangedor no Ribas e no Nico, que não merecia. Mas, quem mandou jogar ao lado do Osmar?

La vida es dura, maestro.

Sorry


Desculpa a brincadeira aí, Boti... quer dizer, Federer.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Agora você está vendo

Aqueles dias de tênis, churrasco na sombra e amizade na La Hire Guerra.

Aqueles, lembra, dos quais falamos no post abaixo.

Aqui estamos nós, no último torneio realizado na quadra, organizado pelo Osmar Ribas que, na época, entre novembro e dezembro de 2010, ainda era o professor responsável pelo local.

O Reinado dava conta do assado que em breve seria devorado.





Juntos e alimentados, Renato, Carlitos, Tazza, Gabriel, Ribas, Cesar, Alexandre, Cremer e Felipe.








Eu com meu chapéu encardido e, ao fundo, o Zucchi chamando a atenção.
Que sinal é esse, pangaré?






A galera acompanhado um dos jogos.





A quadra impecável, tirando o Cigano, é claro.
Brincadeira, irmão!

As fotos foram compartilhadas pelo Gabriel.
Grandes momentos...

Temos que retomá-los.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Você não está vendo

Embaixo da sombra desta árvore frondosa, estamos nós. Faz sol, está quente como só poderia estar num dia de verão em Porto Alegre. Somos vários tenistas com suas esposas, filhos e amigos. Estamos comendo um churrasco assado sob a proteção da árvore, conversamos, nos divertimos. Tudo por causa do tênis. Por causa da quadra pública da Praça La Hire Guerra, na zona norte da capital. 
Você não está vendo a cena, mas ela existe. 

Está na memória minha, do Fernando, do Felipe, do Nico, do Renato, do Cezar, do Rodrigo, do Gabriel, do Alexandre, do Allan, do Ademir, do André, do Ribas, do Anderson, do Lucas, do Luciano, do Gilberto... Está na lembrança dos dias que passamos praticamente inteiros na praça desfrutando do ar livre e jogando tênis. 

Isso foi até o ano passado, quando o Osmar Ribas ainda era o professor responsável pela quadra da La Hire. Neste período, a manutenção era constante e o espaço tinha sempre a presença de alunos de tênis e de jogadores. Todos nós ajudávamos no serviço de conservação e usávamos o equipamento. Quando o Ribas deixou o local para se dedicar ao clube de tênis de Esteio, na Grande Porto Alegre, iniciou a decadência. O nosso grupo de tenistas foi abandonando a La Hire por não haver mais uma pessoa que agregasse a turma, como fazia o Ribas. 

Até tentamos, mas não houve receptividade por quem ficou ocupando a quadra. Da última vez que tentamos, o cabo de aço que sustenta a rede estava arrebentado, no chão. A tentativa de arrumar foi frustrada.

Hoje o Tênis de Rua foi até a La Hire para ver como está a quadra. 

Não havia ninguém jogando. 

A rede parece que até foi arrumada. Mas com uma gambiarra, como se diz, para sustentar o cabo partido, como mostra a foto. 
A quadra não estava limpa, dando sinais de que há semanas não via uma vassoura e uma pá. Nos cantos, a vegetação vai crescendo, o que antes não ocorria. 
O saibro está seco demais e parece que o ítem 6 da placa, molhar a quadra, só ocorre quando chove. 


Dias que foram e que virão

Dá saudades. Ver a quadra meio jogada também dá um certo desgosto. Ela é da comunidade. Porém, parece que a 'comunidade' que hoje lá vai, não vê que uma quadra de saibro pública é uma preciosidade que deve ser tratada com atenção e dedicação, como fazíamos. 

Esperamos que isso mude e estamos dispostos a contribuir. 

Afinal, somos tenistas. 

Onde

A praça Desembargador La Hire Guerra está localizada em zona nobre de Porto Alegre, entre as ruas José Antônio Aranha, Gen. Nestor Silva Soares, Cel. Armando Assis e Osório Tuyuty de Oliveira Freitas, no bairro Três Figueiras, perto do shopping Iguatemi. Há uma associação dos moradores que, segundo o Osmar Ribas, é responsável pelo cuidado com os equipamentos do local que, como parque público, está sob administração da Secretaria do Meio Ambiente da capital. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

E aí, vamos lá?

Tênis é caro, diz quem não conhece.

Já vai longe o preconceito de que o tênis é esporte somente para ricos. O valor que se paga por um chuteira de futebol, compra também uma raquete usada, boa. É só procurar, se interessar e investir o que for possível e razoável para praticar o esporte.

Tênis tem que pagar a quadra.

Negativo.

Há praças e parques com quadras públicas. É conhecer e entrar na rotina.

Tênis tem que pagar professor.

Ah, não! Chega disso!

Vou provar que jogar tênis é uma questão de opção e amor pela raquete, mais do que qualquer outra coisa.

O Centro Estadual de Treinamento Esportivo, na rua Gonçalves Dias, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, está com uma quadra de saibro novinha, quase pronta, a espera de liberação.

O Tênis de Rua conversou com o José Carlos de Moura, o Coronel Moura, como é conhecido, coordenador do CETE. Ele explicou que a quadra ainda precisa passar por um processo de ajuste para ser usada. O que ocorreu é que a empresa contratada para construir o equipamento deixou uma pequena falha na estrutura. Os responsáveis pela obra foram chamados para terminar o projeto, no qual permanecem trabalhando. Houve uma raspagem do piso onde está úmido e com início de vegetação nascente. Uma nova retirada de material deve ser feita e depois será recolocado o saibro. Segundo Moura, até o fim de novembro a quadra deve estar disponível.

E é uma quadra pública, de grátis, como diz o outro.

E tem mais.

Dos 25 professores de Educação Física contratados pelo estado, um deles, dedicado ao tênis, trabalhará no CETE disciplinando o uso da quadra e dando instrução a quem desejar aprender ou aprimorar os fundamentos.

Também de graça, já que o Centro é voltado à prática esportiva pública.

Pessoas de baixa renda vão poder usufruir por meio dos programas de inclusão social, um dos eixos do trabalho do CETE, ao lado da preparação de atletas de alto rendimento.

A quadra terá iluminação e estará aberta no horário de funcionamento do Centro, das 6h às 22h.

Mas se você, tennis lover, quiser mais, desejar caprichar no preparo físico além de bater uma bolinha, o CETE oferece modalidades olímpicas e outras nos ginásios poliesportivo, de ginástica e lutas. Há também esporte para deficientes.

E não acabou.
Uma quadra de beach tennis está por ser construída no local e um programa pretende popularizar a modalidade no litoral gaúcho durante o próximo verão.

E aí, vamos lá?

Estamos juntos


O CETE está vinculado à Fundação de Esporte e Lazer RS.
Telefone: (51) 3233 6644


A sugestão do assunto e o envio da foto foi do amigo tenista Rodrigo Lacerda de Freitas, nosso Botijão.

Essa é clássica

Os tenistas que jogam nas quadra públicas, na maioria, são amadores. Conhecem quase todas as regras, como um profissional da raquete.

Mas, menos acostumados às decisões de arbitragem dos torneios maiores, alguns detalhes das normas provocam certa confusão quando determinados fatos ocorrem no jogo.

Essa é clássica. 


Jogadores atentos.
Cada ponto é importante, pois o jogo está pra lá de pegado.

E vale um refri, meu!!

Então o jogador da dupla que está ganhado e está na rede, vai babando para matar uma bola de voleio.

Só que a danada veio meio alta e com força.

O voleador matador pega a pelota um pouco atrasado e com a raquete não tão firme naquele braço tenso e encolhido. A raquete dá aquela balançada, a bola dança o moonwalk nas cordas, mas passa pro outro lado e define o ponto.

Imediatamente a dupla que perdeu o ponto grita com toda a certeza do mundo:

"Dois toques!! Não valeu!!"

Pronto, está armada a discussão.
Até que uma decisão seja tomada, excesso de dúvida, pergunta para os de fora, opiniões nem sempre seguras e muita cara feia.

Afinal, o ponto vale ou não?

Não tenha mais dúvida, tennis lover


A regra é clara, diria o Arnaldo.

O ponto vale.

Isso porque não houve a intenção do jogador em bater na bola duas vezes.
Para que haja a obstrução no lance, é necessário que o jogador toque deliberadamente duas vezes na bola. Que ele queira fazer isso.

E não sou eu que estou dizendo, é a regra 26 do tênis, dedicada à obstrução, também chamada de hindrace.


Regra 26 
OBSTRUÇÃO (HINDRANCE) (Antiga 21, 25 e 36)
Se o jogador é obstruído em jogo deliberadamente por um ato de seu oponente(s), este jogador deve ganhar o ponto. Entretanto, o ponto deve ser repetido se o jogador que foi obstruído em jogo foi causado por um ato não intencional de seu oponente(s), ou alguma coisa fora do controle dos jogadores (não incluindo uma instalação permanente).

Caso 1: Um toque duplo na raquete não intencional é considerado Hindrance?
Decisão: Não. Veja também na Regra 24 (e). 
Regra 24 - Perda do Ponto (e): O jogador deliberadamente toca ou apanha a bola em jogo com sua raquete ou deliberadamente toca com sua raquete mais de uma vez na bola;


Ainda teve essa 


Outro dia, jogando no Parque Germânia, alguém recebeu uma bolada na perna. A bola voltou e todos concordaram:

"Valeu o ponto! Oh, que jogada"

Oh, ignorância...

Se soubéssemos o que diz o ítem 'h' da santa regra 24, teríamos decidido com autoridade.

Regra 24.
O JOGADOR PERDE O PONTO (Antiga 18, 19, 20 e 40)
O Jogador perde o ponto se:

h) A bola em jogo toca o jogador ou qualquer coisa que ele esteja usando ou carregando, exceto sua raquete;

E agora... jogando e aprendendo.


Mas alguém ainda pode não estar convencido.
Então, cético tennis lover, é só visitar o site da Federação Paulista de Tênis e tirar a teima.

fonte: FPT

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Isso é o que importa

A quadra 2, como é chamada aquela que fica colada na área verde nativa do Parque Germânia, está em reformas. Quem esteve na área durante o fim de semana percebeu.

Hoje pela manhã o Tênis de Rua esteve no parque para conversar com a administração sobre a obra, mas não havia qualquer responsável.

Falamos, então, com o funcionário que, solitário, trabalhava na quadra. Segundo ele, a fase inicial é a da abertura das rachaduras, onde ocorre as infiltrações que levantam o piso. Esta tarefa deve durar ainda mais um dia. Depois, servidores do próprio parque que, assim como ele, entendem de reforma desta espécie de equipamento, devem realizar a recuperação propriamente dita. Será colocada uma fina camada de brita e piche e sobre esta, a manta da superfície. Após, vem a pintura. Não há uma previsão de término da obra, já que o andamento depende da ausência de chuva. Não falamos em valores, até porque com seria da competência do funcionário ter essa informação. O que se sabe é que depois de alguma burocracia, diferença de orçamentos e muita reivindicação dos tenistas, a prefeitura e a construtora que criou o empreendimento imobiliário Jardim Europa, onde está o parque, atrativo para os negócios da região, acertaram o investimento e a execução imediata do projeto.

Isso é o que importa.

O tempo e o tempo


Foram, no mínimo, dois anos de castigo das quadras do Parque Germânia sob o rigor do clima. Muita chuva, frio e sol forte desgastaram o piso, especialmente da quadra 2. De acordo com o operário do parque, a reforma, por enquanto é apenas para esta quadra. A 1, menos danificada, ainda suporta alguns meses. No entanto, se não passar por manutenção logo, o tempo de uso e o tempo no sentido meteorológico, vão provocar estragos sérios. Saber se a quadra 1 será reformada ou não é a informação que ainda vamos buscar.

Mural

O atual 95° do ranking mundial, o argentino Leonardo Mayer, de 24 anos, venceu o sérvio Nikola Ciric, de 28 anos, e ficou com título do challenger São Leo Open de Tênis. A partida foi realizada ontem, no São Leopoldo Tênis Clube, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, RS.

Mayer é o primeiro estrangeiro a conquistar o torneio.