segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Não temos panfletos, temos raquetes

Tennis lover, nós, que somos tenistas devotados ao convívio sadio entre nossos iguais na comunidade, somos por isso defensores de uma ideia, mesmo que não tenhamos consciência imediata dela. 


Somos democráticos. 


Vivemos, na quadra pública de tênis, o exercício das virtudes cidadãs, respeitando-nos em nossas diferenças e contribuindo para o crescimento mútuo por meio do gentil esporte que é o tênis.

Somos livres porque damos liberdade.

É assim que nós a preservamos.

Nossa La Hire Guerra


O que é de todos, é de ninguém, mas é de todos.
Compreendeu?

Não pode ser particularizado.

Nós, que sempre usamos a quadra da La Hire, ajudando inclusive em sua preservação, conhecemos a importância que é para nós e para todos os que gostam de tênis ter um espaço tão agradável e livre para jogar.

É a praça, espaço do povo, que somos nós.
Nela nos divertimos, celebramos, fazemos revoluções.

Não temos panfletos, temos raquetes.

É com elas, também, que fazemos a democracia, sendo jogadores políticos, que prezam os valores da sociedade republicana.

Esta é uma das faces essenciais do Tênis de Rua: aproveitar o que é público e defendê-lo por ser nosso. Nada pode ser mais importante.

Contribuímos e contribuiremos para alcançar este fim. Independente de ser verdadeira ou não a denúncia sobre práticas equivocadas na La Hire Guerra, nosso compromisso é ser tenista cidadão, usar o local e mantê-lo livre e adequado para a prática do tênis. Vamos cobrar democracia, mas por sermos antes agentes dela.

Questa è la libertà.

Responsa da Secretaria Municipal do Meio Ambiente ao Tênis de Rua sobre a ocorrência na quadra de tênis da Praça La Hire Guerra, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre.


Por meio de denúncia, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) tomou conhecimento de que a quadra de tênis pública da Praça La Hire Guerra, ou seja, de uso democrático e livre para todos, estava sendo privatizada. Conforme a denúncia, a população estava sendo impedida de usar a quadra e, só poderia fazê-lo por meio de pagamento de aulas particulares. Em ação de fiscalização realizada no dia 24 de janeiro de 2012, a Smam não constatou a dificuldade de acesso à quadra. Porém, constatou que o prédio da antiga capatazia da praça havia sido ocupado irregularmente. No local, que estava trancado com cadeado, foram encontrados rede e bolinhas de tênis, geladeira, fogão e balcão. Os objetos foram apreendidos e encontram-se na Smam para serem retirados pelo responsável. A rede e as bolinhas já foram retiradas, restando a geladeira, o fogão e o balcão. Diante do ocorrido e com o intuito de garantir o bom uso do espaço, a Smam realizará na próxima semana a entrega da permissão de uso do prédio da antiga capatazia à Associação de Moradores do Bairro Três Figueiras, que poderá usar o espaço para guardar equipamentos de tênis e outras atividades, porém, de forma democratizada. A entrega da permissão deveria ter sido feita na última quarta-feira, dia 25 de janeiro, pelo secretário adjunto André Carús. Porém, em função da forte chuva que caiu sobre Porto Alegre o ato foi adiado para a próxima semana.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Todos juntos de novo


Sete da noite de hoje e contei: 23 tenistas estavam nas 3 quadras públicas do Parque Montaury, em Porto Alegre.


Dois jogos de duplas, um de simples e o resto esperando ou aquecendo no paredão.


Tênis não tira férias.






Era preciso ter paciência.



Na quadra 1, a turma aguardava com aquela cara de passageiro em parada de ônibus.







A não ser pelo Felipe Medeiros, sorridente e tirando um sarro de quem estava jogando.



Esta cancha, a 1, é a que está em melhores condições e por isso a galera concentrou nela.








Vai trabalhar



O professor Gilberto Bisso, responsável pelo tênis no parque, vai suar para deixar a quadra 2, a do centro, em condições quando ele voltar, em março.





O piso está socado, cheio de pontas de pedras e em algumas linhas há o que se pode chamar de degrau.


Um perigo para segurança e um transtorno para o jogo.

Resultado da falta de cuidados de alguns tenistas que entram apenas para jogar e não espalham o pó ou molham a quadra com regularidade.



Eu quero, tu queres, nós queremos


Por causa do excesso de jogadores na quadra 1, rolou um
"-Vou eu! -Não, quem vai sou eu!"
para ver quem jogaria a última partida do dia.

No entanto, tennis lover, aqui é democracia e, acima de tudo, amizade.

Considerando isso e aquilo, sem polemizar, jogaram alguns, outros foram para casa ou aguardaram para ver se dava para um set saideiro antes de escurecer. O que foi possível.

Amanhã, estamos todos juntos de novo.
C´mon!!

Aplaudiu como um idiota


 Carlos Moya 

Pense q pasaria mucho tiempo para ver a alguien con la mentalidad ganadora de nadal...pues no,djokovic la tiene



E foi com ela que o sérvio venceu o seu terceiro Australian Open.

Depois do jogo, Paulo Cleto considerou o brilhantismo do desempenho de Djokovic e Nadal. Segundo ele, o tênis visto hoje chegou a um nível diferente, onde a força mental e física acabaram conduzindo o jogo para além da técnica.

E foi mesmo.

Especialmente para o espanhol. Com o tênis um pouco abaixo do sérvio, Nadal precisou superar seus limites e vontade para levar a final até onde ela foi: 5h53min. Por alguns momentos, não havia favoritos.

O melhor







Venceu o melhor jogador do momento no planeta.







Mas Rafael Nadal também levou um prêmio imaterial: o da garra.

Ele deu uma lição eterna em quem viu o jogo. A da persistência, da coragem, do coração. Só na raquete, Novak está mais afiado. Rafa teve que tirar da alma a força extra para não ser derrotado antes do que ele mesmo queria e, ainda quem sabe, ser o campeão, o que acabou não ocorrendo.



Durante o jogo, lembrei do documentário Quando éramos Reis, o relato da luta entre Muhammad Ali e George Foreman no Zaire, em 1974, quando o velho Ali derrota o jovem e forte adversário usando razão e emoção antes dos punhos.

Inesquecível.

Outras palavras

A síntese do jogo, a mais longa final de Grand Slam, você vai ler nos sites, ver nos noticiários esportivos. Vai conhecer a opinião de cronistas, umas consistentes, outras, nem tanto.

No entanto, se você não viu a partida, não sentiu o instante.
Não jogou junto.

Quem gosta de tênis, independente da preferência por jogador, hoje levantou do sofá e aplaudiu como um idiota a televisão.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Hoje poderia ser o dia

Djokovic venceu Murray hoje, no Australian Open e foi para a final.

Jogará contra Nadal no domingo.

Acompanhando o jogo, especialmente pelo twitter, percebi uma inclinação da maioria pelo sérvio.
Nada contra. Pode-se torcer para quem quiser, admirar um em detrimento de outro e escolher assim o favorito em quadra ou na carreira. Aliás, Nole é número 1 do mundo com méritos. Soube e sabe aproveitar o momento para estar no topo do ranking.

Tem garra competidora e joga um tênis baseado em força, do fundo da quadra. Como quase todos os profissionais do momento.

Agora, o que falta ao Djokovic?
Ele precisa de algo?

Talvez, muito pouco.

É um jogador e tanto e é querido fora da quadra. É meio 'marrento' no jogo, como muitos outros. Não tem o talento na mão como alguns que estão no circuito mas, onde estão estes talentosos na corrida, em relação ao líder?

Ter Djokovic como favorito numa partida ou até mesmo torcer para ele pode ser fácil, já que há indutores de sobra para isso.

Fiz diferente


Entre o Djoko e o Murray, torço para o escocês.

É uma preferência um tanto emocional.

Andy Murray, acredito, tem um tênis mais completo que Novak. Porém, menos eficiente hoje. Isso porque Andy ainda está por descobrir melhor uma certa arma que Djokovic já conhece e domina.

A força mental.

Assim:
Nadal é mentalmente mais forte do que Federer. Quando torço para o suíço, espero ver seu mais exuberante tênis e desejo sempre que ele supere a dificuldade emocional de lidar com o espanhol.

Num jogo entre Nadal e Djokovic, torço hoje para Nadal encontrar uma forma de anular a força física de Nole e trazer o jogo para o detalhe mental, onde eles se equivalem.

Nessa zona sai o grande jogo.

Quando jogam Murray e Djokovic, torço para Murray achar um equilíbrio consigo mesmo que o permita acreditar mais em si, ser mais preciso, focado, intenso. É aí, nas emoções, que ele perde para o sérvio de goleada.

Hoje poderia ser o dia.

As habilidades se equivalem. Os físicos, também.

Mas Murray ainda não controla bem os nervos.

Por esta razão, não tão óbvia, queria ver Murray na final do AussieOpen, tennis lover.

Fica para outra, Andy.
C´mon!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Viu?

Se você não viu ou se viu sem ter a atenção despertada, este é o novo instrumento de trabalho de God Federer, tennis lover.






Wilson Pro Staff Six.One 90 BLX 




C´mon!!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tem que suar

Se alguém diz que come de graça, desconfie, tennis lover.

O negócio não é bem assim.

O Paulo Diebold, nosso amigo Paulão (com camisa), por exemplo, teve que suar muito para degustar um churrasco. Primeiro ele teve que derrotar o Cristiano Desconzi, nosso brother Cigano, em quadra. Depois, precisou esperar um ano até o Cigano pagar o tal assado, fruto da aposta para ver quem era o melhor.

"Quando é que tu vai me pagar?!" Paulão, por 365 dias, mais ou menos



Há duas semanas, a carne foi para o fogo nesta lamentável churrasqueira tipo mendigo junto à quadra da La Hire Guerra, para a alegria do Paulão e dos companheiros que lá estiveram testemunhando o momento.

(foto: Vinícius Ferreira, Nico) 


Não para por aí





Como diz o Kraunus Sang, essa história não se estanca por aqui.





Não, se depender do Cristiano.

"Quero revanche." Cigano


Colaboração: Nico

sábado, 14 de janeiro de 2012

Trato é trato






Maracujá.







Bola de tênis.











Escolha um dos dois e pratique.
Pode começar pelo saque.






É o agrotênis.








Como o prometido.
Trato é trato, TL.

Esclarecimento


Informamos ao Ibama que o ninho de João de Barro não foi atingido e que a vaca que levou a bolada na testa já está fora de perigo.



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dói, mas vamos lá

O céu, para os mártires muçulmanos, guarda o ardente carinho das virgens.

Para os cristãos, é a contemplação do divino no 'dolce far niente'.

Os budistas esperam a libertação da alma da roda das encarnações pela superação do carma ao alcançar o Nirvana.

Mas parece que sempre falta alguma coisa.

Paradise city


Onde a grama é verde e as garotas são belas, como canta o Axl Rose.



Não é o suficiente, tennis lover!




Quem ama o tênis precisa de uma quadra no Paraíso.
E não é que tem?

No balneário Paraíso, uma da praias de Torres, no extremo norte do litoral gaúcho, há uma quadra pública na área central. Fica junto à Sociedade Recreativa Praia Paraíso, na Avenida Caxias do Sul. Não tem como errar.

É uma cancha de piso duro, com asfalto coberto por uma manta de cimento.

"A quadra é boa. E nunca tem ninguém!" Ademir Brandt (daqui a pouco, falamos mais sobre o Ademir e sua relação com a quadra)

Numa das extremidades há um paredão.


A quadra também possui iluminação para um fight noturno, antes daquele banho de mar refrescante na penumbra, seguido de um aperitivo, jantar com peixe, sorvetinho, bandinha no calçadão e sei lá mais o que até o sono chegar.

Porém, mesmo tendo quadra de tênis, Paraíso com chuva não está com nada.

Quer ver?

"Quando voltar para Porto Alegre, vamos amarrar o Cléo Kuhn e dar umas chibatadas nele. Putz, ele falou a semana inteira que o tempo seria bom, seco e com sol."

"Vida de pobre é assim, quando consegue sair uns dias o munda acaba."

A choradeira acima é do Ademir. Mandou por sms.

Ele alugou uma casa na Praia Paraíso para passar a virada do ano. Foi para lá com a família, o papagaio, o ombro detonado por El Manguito, raquete e bolinha. Chegou a trocar umas bolas com o sogro, Paulo, que também é tenista de rua.

"O ombro dói, mas vamos lá."

Disse o Ademir quando marcamos um jogo para o sábado. Foi aquele temporal. Chegou a comprometer a festa de revéillon em várias praias do estado. E continuou chovendo até segunda-feira, quando ele teve que retornar para Porto Alegre.





Aí, o sol voltou ao litoral, como mostra a bela foto em nosso sítio, em Torres.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Vacaciones

De férias em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, o Tênis de Rua em breve vai mostar uma nova modalidade esportiva: o agrotênis.

Aguarde.

Vamos também experimentar uma quadra pública na Praia Paraíso.

C´mon, summer!!