quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Hein, o quê? Eu não!

O Gabriel é o melhor tenista da nossa turma.

Ganhar dele não é fácil.

Mas, outro dia, o Evaldo e eu, socamos um 6/0 nele e no Paulinho.
Inconformado com o pneu, o Gabriel apostou uma Coca-Cola conosco num próximo set.

Vencemos novamente (7/5) e bebemos refri geladinho na conta dele.

Só que o Gabriel é competitivo, tennis lover.

Quando se joga, não se faz isto para perder.
Nem no par ou ímpar.

Então, o Gabriel, dias depois de pagar a Coca, apostou de novo, tendo o Joás como parceiro, contra o Evaldo e eu.

Bom, perdemos e ontem pagamos o refri para os dois. (foto)

Hein, o quê?

Ganhar do Gabriel não é fácil.

Até minha mulher falou

"- O Gabriel? Ele treina no clube e joga campeonato e perdeu de zero pra vocês?!!"
                                                                                                                                                           Esquerda para direita: Gabriel, Evaldo, Charles, Joás
Fez rir.

O Gabriel dizer que perdeu, ainda mais de 0, também não é mole...

"Hein, o quê? Eu não!" 

É o que ele diz, brincando, é claro, quando se toca no assunto.

Mas, no fundo, pneu deixa marcas, tennis lover.

C´mon!


foto: Cezar Zucchi, tesacom

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Presta atenção para não fazer feio

Vai assumir?!



Não é a sua sexualidade, tennis lover...

Isto a gente não quer saber.


Estamos perguntando se você vai assumir o risco de apontar uma bola duvidosa e admitir para o adversário que viu, mas que a marca não pode provar sua versão.



Isto mesmo, voltamos a falar deste assunto, seu chato.
Presta atenção para não fazer feio depois.

Quando o saibro não é lá essas coisas, você pode marcar uma bola que viu fora.
No entanto, se ela for contestada, como provar?

Esse é o dilema: ou sua marcação é aceita e está definido ou é necessário jogar o ponto de volta, por mais que doa ter a certeza do que viu - e isto não quer dizer que seja o certo, é sua versão, seu ponto de vista - e ter que beneficiar o reclamante com a dúvida que dá a ele o direito de jogar o ponto novamente, já que há uma marca que não prova categoricamente a bola apontada fora ou dentro.


Na várzea do tênis é assim.
O piso problemático problematiza o jogo.

Se até o melhor saibro do mundo gera desconfiança...

Em Roland Garros, Sergiy Stakohovsky apelou para uma foto para tentar pressionar a decisão sobre uma marcação duvidosa. 

Imagina na quadrinha, onde tem mais pedra do que pó.

Quem viu o quê

Quando há competição, há emoções em quadra.
O desejo de vencer fala muito alto.

Então, não é um plano ardiloso que o adversário conteste marcações que podem ser contestadas.

É parte do jogo. Se há uma maneira de equilibrar prejuízos e se manter na disputa, eticamente é válido.

Na partida, há decisões que são comuns, mesmo que sejam controversas:

 - marcar a bola fora, apontar a marca com convicção, mesmo que ela não tenha nitidez. Isto dá segurança ao adversário que, se não aceitar, irá discutir e dizer o porquê da atitude dele;

 - apontar a bola fora e assumir que a marca está lá, pode ser vista, não é nítida, mas que você viu mesmo fora.

Neste caso, essa honestidade, digamos assim, pode imediatamente custar a oportunidade que o adversário precisa para usá-la a favor dele e contra você.

E aí, vai assumir?

Lembre: outro dia, do outro lado, pode estar você contestando uma marcação.

Como você vai fazer isto?

C´mon!!

foto: dalymail