sexta-feira, 30 de março de 2012

Pneu com pneu se paga

Sabe aquele cara que meteu um pneu no Andy Roddick no ATP de Miami?

Isso, o Juan Monaco, 21 do mundo.

Hoje ele gentilmente recebeu um pneu do número 1, Novak Djokovic que, com placar de 6/0-7/6 em pouco mais de duas horas de jogo, garantiu a chance de disputar pela quarta vez o título na Flórida.











Nole vai pegar Murray.

fonte: O Globo
fotos: o povo
telegraph

Murray e mais 1

O britânico Andy Murray conquistou a vaga na final do ATP de Miami sem dar uma raquetada na bola.


Rafael Nadal abandonou o torneio por problemas físicos.

Twitter: 

So sorry for my fans, those here at Miami and those around the world. My knee won't let me play today.

Aquela dor no joelho esquerdo que por foi responsável pela entrada do fisioterapeuta em quadra durante esta semana, tirou o espanhol da disputa na Flórida. O próximo torneio de Nadal deve ser no saibro de Monte Carlo.

Djokovic e Monaco jogam à noite para ver quem vai decidir o título com o britânico.

foto: arquivo raquetadas

Agenda do dia - Miami

Para se ligar na televisão ou no streaming.

Os jogos de hoje no ATP de Miami são os seguintes:

Duplas femininas

Hoje à tarde:

Vania King e Monica Niculescu x Maria Kirilenko e Nadia Petrova

Simples masculino

Rafael Nadal x Andy Murray (16h de Brasília)

Hoje à noite:

Simples masculino

Novak Djokovic x Juan Monaco (20h de Brasília)

Duplas femininas

Sara Errani e Roberta Vinci x Gisela Dulko e Paola Suarez

foto: miamitennisnews

quinta-feira, 29 de março de 2012

Vai ser lindo de ver



Digo sempre para minha esposa, Silvia, que rugby é jogo para macho.






Porque para o cara ficar se agarrando em coxa de homem suado, ele tem que ser macho mesmo, convicto.





Másculos


Em breve os tenistas que frequentam o Parque Germânia, em Porto Alegre, também vão mostrar que são machos pra chuchu.

Não, tennis lover, ninguém vai jogar rugby ou ficar se agarrando.


Sai pra lá!


O que vai ocorrer é que as bolas rosas trazidas do Canadá pelo Diego Uchôa vão ser colocadas em ação em breve.

Os machos vão jogar com elas.
Ah, vão.

Vai ser lindo de ver.


Aguarde.

fotos: blogdogroo
aqueladica
Tênis de Rua

A conclusão é a seguinte

Algo não anda bem com seu jogo, tennis lover.

A bola não vai, o braço parece trancado nos golpes.
Você olha na tv e o Murray, o Djokovic, o Ferrer, o Nadal, o Tsonga, o Federer dão cada pancada na bola... aceleram a raquete de um jeito... Até aquele magrinho que você nem sabe o nome e joga lá na pracinha faz a bola andar mais que você...

Por que você não consegue?
Então vem aquele pensamento: "tenho que trocar a raquete."




Se a solução for mesmo substituir o "taco" - nem sempre é isso, às vezes o problema pode estar relacionado à tensão das cordas e a dificuldades mecânicas ou visuais - não invista sem antes prestar atenção no que vem abaixo.







Guia do completo idiota escolhendo raquete


Wilmot McCutchen, especialista em Física das raquetes, definiu assim, como um estúpido, o tenista que opta pelas raquetes leves, as light racquets.

"Ele balança a raquete algumas vezes na loja e diz:  
'-Uau, é tão leve! Vou levar!' Após algumas semanas de batidas violentas ele abandona o jogo com o braço inflamado (tennis elbow)" Wilmot McCutchen


Segundo McCutchen, é questão de Física. Para ele, as raquetes mais pesadas, mas com a cabeça leve, são melhores para o impacto, ajudam na performance e na prevenção a lesões. O contrário, raquetes leves e com peso na cabeça são responsáveis por sérios danos à saúde.

"Se você estivesse num acidente de carro, gostaria de estar dirigindo um automóvel compacto ou um caminhão? Todos sabemos que o carro leve será amassado. A colisão da raquete na bola é a mesma coisa: a raquete pesada continuará deformando mais a bola para melhor velocidade e spin." McCutchen

Na relação entre massa e aceleração, explica McCutchen, a raquete leve perde para a pesada. A primeira exige um movimento da cabeça mais rápido para gerar força, mas tendo menos massa, não alcança a energia adequada sem maior esforço e também não é capaz de absorver o impacto com a bola, transferindo a vibração para o braço. Outro problema com a aceleração rápida demais da cabeça da raquete é o controle do golpe, que se perde.

A conclusão, TL, é a seguinte:

Por que os tenistas profissionais jogam com raquetes pesadas?
Há uma razão forte para isso.

Leia o artigo e um outro, mais técnico sobre o mesmo tema, e descubra mais.

http://www.racquetresearch.com/complete_idiot.htm

http://www.racquetresearch.com/sevencri.htm#What%20Causes%20Tennis%20Elbow

*Artigos enviados pelo tenista Gabriel Hennig


fotos: tennis-equipaments
shutterstock
tedioinspirador

terça-feira, 27 de março de 2012

Entre os neurônios e o intestino

É aquele lugar onde ao raciocínio está perdido e a "m" é iminente.

Lá, entre os neurônios e o intestino, Andy Roddick se confundiu consigo mesmo e perdeu, há pouco, para Juan Monaco no ATP da Flórida por 5/7 e 0/6.

Sem explicação


Ao término da partida, Dácio Campos, comentarista do Sportv, disse não compreender a causa da derrota do norte-americano e que seria bom o jogador repensar a atitude para o resto da carreira. Observou que Roddick entregou o jogo cedo demais e não teve poder de reação.

Roddick deu sinais de não ter aceitado a derrota do primeiro set e, sem concentração, levou o pneu em casa no segundo e definitivo.

Com explicação

Andy Roddick e somente ele pode esclarecer o que ocorreu consigo.

Ele vinha sem bons resultados na temporada e ontem venceu afirmativamente Roger Federer.

Hoje, talvez tenha passado na cabeça de Roddick, soberbo por natureza do caráter, que se ele foi capaz de vencer Federer, certamente ganharia de Monaco.




Se o norte-americano pensou isso, pensou errado e esqueceu de jogar.

O argentino não, consistente na base e brigador, foi para o confronto e se deu bem. Pega agora Mardy Fish nas quartas, que hoje derrotou Nicolas Almagro.

Esse tipo de prepotência ocorre com os tenistas.


Estranho ocorrer, se assim foi, com um profissional treinado e experiente.

What the shit, Andy!


foto e ilustração: AP, twitter
inovabrasil

Entre os neurônios e o coração

Momento delicado em uma partida de tênis.

O jogador está pressionado.

Nesses instantes é necessário encontrar algo que seja um ponto de apoio para a concentração e a confiança.

Ele agradeceu ao céu


Andy Roddick olhou para o alto e pareceu agradecer aos santos, à força mística, a Deus, a si mesmo ou a quem somente ele sabe, a vitória de ontem sobre Roger Federer no ATP 1000 de Miami.


O atual número 34 do ranking jogou com coragem para bater o número 3, favorito na partida. Esta foi a terceira vitória de Roddick sobre o suíço, que já venceu o norte-americano 24 vezes.


Entre os neurônios e o coração

Roddick venceu porque errou menos e levou Federer à pressão.

E por que, tennis lover?

Porque no terceiro set, Andy, que havia perdido o segundo por 1/6, sentia que precisava dominar as ações e ao mesmo tempo não se deixar ser dominado. O suíço tem mais recursos, o norte-americano tinha uma estratégia.

No game em que quebrou o serviço de Federer, Roddick agrediu o saque do adversário com força nos golpes e uma determinação incomum até o momento na partida. Gerou pressão emocional sobre Roger Federer que decidiu mal, muito mal as subidas na rede e levou duas passadas decisivas. Subir à rede é justamente uma tentativa de encurtar os pontos pressionando ou devolvendo pressão.

Naquele lugar, entre os neurônios e o coração, Andy mexeu com Federer.

E o mundo do tênis sabe o quanto Federer lida mal quando se sente dominado. Ele gosta é de mandar na partida, não o contrário.

Esta atitude de Andy Roddick somada ao bom desempenho dele nas trocas do fundo e no serviço o levaram às oitavas na Flórida

Para copiar


Após a derrota, Federer declarou:


"Eu me sinto como se tivesse perdido para um ex-número 1 e não para um cara ranqueado entre os 30 do mundo. Estou feliz de ver Andy jogar tão bem. Ele é um grande campeão. Aproveitem enquanto tiverem ele." Roger Federer





Esta é uma demonstração pública de respeito ao adversário, que é colega de profissão e antes de mais nada, é uma pessoa e, como tal, merece ser tratada com educação e reconhecimento.

A postura de Federer na derrota e a coragem de Andy Roddick na vitória merecem, e devem, ser copiadas.

fonte: IG Esporte, AdelaideNow
fotos: AdelaideNow, Timesonline, Getty Images

domingo, 25 de março de 2012

O bom, o mau e o feio



O que você está vendo, tennis lover, é um monte de pó de tijolo.





Este, como alguns outros, foram espalhados neste sábado sobre a quadra da Praça La Hire Guerra, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre.






Assim, como o Gabriel está fazendo.




Foram cerca de 500 quilos de terra aplicados para recuperar a superfície da cancha, que há tempo precisava de uma manutenção mais caprichada.

O bom



E por falar em capricho, aí está um cuidado fundamental que se deve ter com o piso de terra batida: molhar o saibro




Trabalho que o Paulo fez, e muito bem.







Passar o rolo para comprimir o solo e compactar a quadra também é necessário para que ela esteja sempre em condições apropriadas para o uso.



Mas tem algo que não dá para fazer.







O mau


Preste atenção neste aí ao lado, o Cristiano.


Também conhecido como Cigano.






Jogando com o primeiro tênis que puxou do balaio.

"O meu de jogar tá furado!" Cigano


Péssima desculpa.
Mau exemplo.

Calçados que não são para tênis, em especial estes com a sola vincada, fazem buracos na quadra.



Desse jeito não adianta arrumar, Cigano.
Vai comprar um tênis, ô!

O feio

Fechando a trinca inspirada no clássico western de Sergio Leone, a nota feia da tarde foi o jogo do Ribas, aquele na foto ali em cima empurrando o rolo.
.
Sem a trilha de Ennio Morricone, mas deitando na poeira, o professor perdeu o primeiro set que disputou na quadra reformada por 0/6.

Levou o troféu Pirelli para casa.
Um pneu.

Bom, se o assunto é o clássico, o tradicional, então o Ribas levar 0/6 está no roteiro.

fotos: Tênis de Rua
divulgação

quarta-feira, 21 de março de 2012

Pá, pó e pum

Caminhão encostado.







Carregadores em fila.













Pó de tijolo descarregado.


Foi na manhã de hoje.

Como estava chovendo um pouco, a colocação do material na quadra da Praça La Hire Guerra foi adiada.



A cancha pública espera agora pela fase final da recuperação do piso. O trabalho deve ser realizado até o fim de semana. Será feito pelos próprios tenistas, os mesmos que já realizaram a primeira etapa de limpeza do local, dividiram os custos e compraram o material.




Vai ser pá.







Pó.




E pum.
Tudo pronto.

Recuperada, a quadra estará em melhor estado para receber os jogadores, pois é municipal, aberta a todos.

A única recomendação é a de preservar o patrimônio comum.

Uma atitude cidadã.

fotos: Tênis de Rua
aaronsprecher.com
divulgação

terça-feira, 20 de março de 2012

Basta estar atento


"Mister Booba-Looba is challenging the call. The ball was called out." 


Você jamais vai ouvir esta chamada na quadra da pracinha, tennis lover.

Mas, certamente, vai se deparar com conflitos provocados por marcações consideradas duvidosas por alguém durante os jogos. Isto é inerente às partidas amadoras onde todos são juízes e ninguém é o juiz.

Razão demais, razão de menos


Os pontos que deixam dúvidas são aqueles que dependem de, pelos menos, três fatores fundamentais para suas marcações.

1º - Visão: o jogador precisa enxergar bem, a capacidade visual tem que estar boa o suficiente para isso. Acha isso óbvio demais, TL? Então por que torcer a cara quando aquele parceiro que usa óculos vai jogar sem eles e canta a bola fora? Outro aspecto diz respeito ao posicionamento na quadra. Estar perto da bola pode oferecer um melhor ângulo para a marcação. Isso nem sempre é assim. Às vezes quem está perto do quique leva a passada e não tem tempo, mesmo que tenha ângulo, para decidir com soberania. Porém, estar junto à bola ainda é um critério forte para marcar com mais acerto. Quando a bola vai muito perto da linha e quem reclama está do lado oposto ao quique, pode ser induzido a crer que a bola foi boa, quando, na verdade, foi fora por muito pouco.

2º - Vontade: quem está disputando quer vencer. Isso gera um estímulo a mais para reivindicar para si qualquer vantagem possível quando pontos considerados duvidosos são marcados. Num jogo equilibrado, qualquer ponto pode fazer a diferença. Assim, aquele que se sente prejudicado por uma marcação, vai colocá-la sob suspeita. Esta vontade dá a este jogador a sensação de ter uma razão que não é somente sua, ela é compartilhada, pois todos em quadra se sentem da mesma forma, querem vencer e não vão dar pontos de graça para os adversários quando também acreditam estarem certos.

3º - Confiança: é preciso confiar nos companheiros em quadra, caso contrário, não haverá jamais o sentimento de honestidade durante o jogo. Este detalhe é delicado, entra na área do caráter e dos julgamentos. Salvo raríssimas exceções, os jogadores entram na cancha desarmados de qualquer intenção desonesta. Não estão pré-dispostos a se aproveitar das marcações de pontos para vencer. O início do jogo sela um acordo tácito de confiança mútua e respeito entre todos. Acordo este que pode ser quebrado por motivos que valham. Caso contrário, duvidar de qualquer marcação de ponto sugere que aquele que protesta não confia o suficiente em seus companheiros de jogo. Situações assim podem gerar desconforto em quem está sendo contestado uma vez que pode ferir sua honra, configurando uma injúria e também uma difamação.






É apenas um jogo de tênis? Sim. Mas para a quadra vão pessoas que naquele momento são jogadores de tênis e as relações do esporte repetem as do cotidiano. O tênis é pedagógico, basta estar atento.



Dentro, fora


Quando há marcações de pontos que sejam realmente duvidosas, é preciso avaliar rapidamente:
- o ângulo de visão de quem marca e quem contesta;
- se a vontade de vencer não está estimulando a reivindicar além do razoável;
- se a confiança nos companheiros está acima de suspeitas infundadas.

Depois de tudo isso, erros de marcação ainda vão ocorrer.
Mas eles serão intencionais?

É o componente ético do jogo na pracinha.

E os tenistas, cordiais que são, saberão tratar com educação suas contendas.

fotos: BBC Sport
Getty Images
Wordpress

domingo, 18 de março de 2012

Sabe das coisas

Quem votou na enquete Tênis de Rua em Roger Federer como campeão de Indian Wells 2012, sabe das coisas, tennis lover.

Frente ao norte-americano John Isner, que fez um torneio e tanto eliminando inclusive o número 1, Novak Djokovic, o suíço levantou o 73º caneco na carreira. Também levou para casa mais U$ 1 milhão.

Fora a página na história do tênis.

Roger Federer se tornou o primeiro tetracampeão do Masters 1000 de Indian Wells.

Ano bom


Em 2012, Roger Federer já ficou com os títulos do ATP 500 de Roterdã, na Holanda, Dubai, no Emirados Árabes e agora o Masters da Califórnia. Federer só perdeu neste ano para Nadal na semifinal do Australian Open e para Isner na Copa Davis. Com 30 anos, o suíço, terceiro do mundo, corre atrás dos pontos que possam levá-lo novamente, quem sabe, ao primeiro posto do ranking ainda nesta temporada.

Será que ele consegue?
O que você acha?

Vote aqui no site.

A caminho do topo, vem agora outra pedreira.
Masters 1000 de Miami

foto: AFP

sábado, 17 de março de 2012

Cozinhou o caranguejo



À tarde, quando a quadra da La Hire, na capital, estava em melhores condições, rolaram vários jogos.





Foi um momento agradável, de retorno de muitos tenistas ao local.




Já no fim do turno, foi necessário decidir na sorte quem faria a partida que seria a última antes de escurecer.

Havia gente sobrando.


E na democracia da rua, o sorteio é um dos recursos para o consenso, tennis lover.






Mas para a alegria geral, sobrou tempo para que todos jogassem a saideira.

De Porto Alegre para a Califórnia


No momento em que este post vai para o ar, Roger Federer acaba de se classificar para a final do ATP de Indian Wells, nos Estados Unidos, após vencer Rafael Nadal por 2 a 0 em 6/3 e 6/4.

Foi o 28º encontro entre os dois, com 18 vitórias para Nadal contra 10 de Federer.






O suíço cozinhou o caranguejo do espanhol e se credenciou a disputar com o norte-americano John Isner, que hoje derrotou Novak Djokovic, o título do torneio amanhã, às 17h, hora de Brasília.

Por causa da chuva, a partida de hoje, que era para ter iniciado às 5 da tarde, enquanto nós, tenistas de várzea, estávamos na La Hire, começou pouco antes das 10 da noite.

Melhor.

Sábado à noite com vinho, pizza e Federer x Nadal na tv, é camarote, cidadão.

C´mon!!

fotos: Tênis de Rua
Reuters/AFP

Lidando na coisa

A manhã de hoje foi de bastante trabalho na quadra pública da praça La Hire Guerra, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre.



Com o retorno de Osmar Ribas, esse aí fingindo que trabalha, ao espaço, volta também a garantia de que a cancha estará em condições de uso, recebendo manutenção e sendo assim preservado o tênis para todos.


A primeira etapa foi de limpeza do piso.








Olha o Gabriel e o Japa lidando na coisa.









O Felipe, mesmo com o joelho baleado, também ajudou.





A próxima fase será de colocação do pó de tijolo que está sendo comprado com recursos dos tenistas.

Cada um está contribuindo com R$ 15,00.





Quando o trabalho encerrar,  um churrasco deverá ser organizado para que os jogadores celebrem o resultado do esforço comendo e espancando a bolinha.






fotos: Tênis de Rua

Opinião

Sobre as reformas nas quadras do Parque Montaury, o relato e a opinião do tenista Edison de Fenti está no espaço de comentários do post abaixo.

Leiam.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Fogo na jaca

Duas breves, mas importantes notas sobre o tênis de rua em Porto Alegre.




A primeira: as quadras do Parque Tenístico José Montaury, no Moinhos de Vento, estão sendo preparadas para receber jogadores da Copa Gerdau. Reformadas e após usadas pelo evento, elas ficarão para comunidade.







A segunda: é hora de trocar as cordas da raquete e dar uma acelerada no treino. No fim do mês tem torneio de tênis no Parque Germânia.



Façam suas duplas e fogo na jaca, tennis lovers!!

No torneio da virose, Bellucci evita a diarreia

O Thomaz poderia ter tido um daqueles desarranjos emocionais e ter cometido erros incompatíveis para um jogador top 50. Mas não, ele se manteve equilibrado e apresentou o tênis que se espera de seu nível contra Roger Federer que, por ser superior, superior foi.

Enquanto o suíço esteve abaixo do esperado, Bellucci foi sólido na base, sacou bem, pressionou em algumas respostas e com isso conquistou o primeiro set, para surpresa geral. Porém, ao sair sacando na abertura do segundo set, o brasileiro perdeu um pouco a intensidade e foi quebrado. O que foi o suficiente para Federer tomar a dianteira e lá permanecer até o empate.

No terceiro set, novamente o equilíbrio com vantagem para a qualidade e experiência da legenda da Basiléia.


Ao fechar a partida em 3/6-6/3-6/4, Federer comemorou. Sinal de que respeitou o tênis de Thomaz Bellucci.

Na quadrinha


Se jogar mais no nível que jogou ontem em Indian Wells, Bellucci fica mais perto de títulos ATP 250 e passa a mirar melhor os ATP 500.

Lá na quadrinha pública todos esperam por estes dias.

"-Vais jogar amanhã?"
"-Não, meu! Amanhã vou ver o jogo do Bellucci." 


fotos: AP, AFP

quarta-feira, 14 de março de 2012

Por isso geme

A vitória de Roger Federer sobre Milos Raonic no Masters 1000 de Indian Wells, entre a noite de ontem e a madrugada de hoje no horário do Brasil, colocou o suíço no caminho de Thomaz Bellucci.

É um dos jogos mais importantes da carreira do brasileiro.

São oitavas de final de um ATP 1000, Bellucci vem tentado retomar seu melhor tênis e Federer é simplesmente Federer.

Thomaz vai ter a chance de se soltar, pois não é o favorito e, com isso, quem sabe, construir algo a mais na noite de hoje quando, por volta das 20h30, hora de Brasília, vai estar diante dos olhos do mundo e de seu país para um jogo de tênis grande, esperado.

Desde maio do ano passado, quando Thomaz encarou Novak Djokovic, então número 2 do circuito, em Madrid pelas semifinais, não tínhamos uma partida desta expressão envolvendo um tenista brasileiro. Jogos desta envergadura eram frequentes somente na época de Gustavo Kuerten.

Sonho


Bellucci não deve ter sonhado esta noite.

Nem deve ter dormido.
Não como um qualquer.

É melhor que tenha sido assim. Pelo menos é o que esperamos.
Se estivéssemos lá, faríamos o Thomaz repousar de olhos abertos, visualizando o jogo.

Teríamos feito ele assistir a todos os vídeos do Nadal derrotando o Federer.

Nadal é canhoto.
Bellucci também.

Isso significa que o forehand cruzado do brasileiro precisa encontrar o backhand do suíço lá em cima, onde Federer não gosta e por isso geme.

É claro que o número 3 do mundo sabe disso. Mas não importa, tem que ir lá para forçar a bola defensiva e tentar dominar o ponto. O bom serviço, drops na hora certa e segurança nas trocas de fundo complementam as armas paulistanas.

Quem sabe assim o que não é surpresa vira uma e o que é sonho vira realidade.

O Thomaz precisa de um bom jogo e, quiçá, uma vitória maiúscula.
Os patrocinadores precisam, a mídia também.

A praça, onde o tênis é popular, necessita de inspirações nacionais.