quarta-feira, 14 de março de 2012

Por isso geme

A vitória de Roger Federer sobre Milos Raonic no Masters 1000 de Indian Wells, entre a noite de ontem e a madrugada de hoje no horário do Brasil, colocou o suíço no caminho de Thomaz Bellucci.

É um dos jogos mais importantes da carreira do brasileiro.

São oitavas de final de um ATP 1000, Bellucci vem tentado retomar seu melhor tênis e Federer é simplesmente Federer.

Thomaz vai ter a chance de se soltar, pois não é o favorito e, com isso, quem sabe, construir algo a mais na noite de hoje quando, por volta das 20h30, hora de Brasília, vai estar diante dos olhos do mundo e de seu país para um jogo de tênis grande, esperado.

Desde maio do ano passado, quando Thomaz encarou Novak Djokovic, então número 2 do circuito, em Madrid pelas semifinais, não tínhamos uma partida desta expressão envolvendo um tenista brasileiro. Jogos desta envergadura eram frequentes somente na época de Gustavo Kuerten.

Sonho


Bellucci não deve ter sonhado esta noite.

Nem deve ter dormido.
Não como um qualquer.

É melhor que tenha sido assim. Pelo menos é o que esperamos.
Se estivéssemos lá, faríamos o Thomaz repousar de olhos abertos, visualizando o jogo.

Teríamos feito ele assistir a todos os vídeos do Nadal derrotando o Federer.

Nadal é canhoto.
Bellucci também.

Isso significa que o forehand cruzado do brasileiro precisa encontrar o backhand do suíço lá em cima, onde Federer não gosta e por isso geme.

É claro que o número 3 do mundo sabe disso. Mas não importa, tem que ir lá para forçar a bola defensiva e tentar dominar o ponto. O bom serviço, drops na hora certa e segurança nas trocas de fundo complementam as armas paulistanas.

Quem sabe assim o que não é surpresa vira uma e o que é sonho vira realidade.

O Thomaz precisa de um bom jogo e, quiçá, uma vitória maiúscula.
Os patrocinadores precisam, a mídia também.

A praça, onde o tênis é popular, necessita de inspirações nacionais.

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