quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Entrevista com um ex-vampiro

Tem um companheiro nosso que anda meio sumido das quadras, tennis lover.

E muito se tem especulado sobre as razões, já que o cara praticamente batia ponto no saibrinho com a turma.

Para saber, resolvi conversar com ele, que autorizou botar esse papo aqui no blog, já que pode servir de reflexão para pessoas em outros lugares onde o Tênis de Rua é lido.

TR - O que afastou você da quadra? 

- Um cansaço acumulado. Físico, mas principalmente mental e emocional. 

TR - Como assim?

- Eu vinha jogando quase que diariamente há 1 ano e 9 meses. Isto desgastou um pouco o físico e eu precisava parar. Os jogos eram sempre com os mesmos companheiros, praticamente. Foi ficando previsível, rotineiro, perdendo um pouco da graça, até porque o comportamento repetitivo em algumas coisas foi ficando desagradável. 

TR - É o cansaço emocional... Mas o que houve de concreto?

- Sim. Certas coisas que, sendo insistentes, não ficaram e não ficam bem. Por exemplo, falar mal de um colega presente ou ausente, julgar com precipitação seu modo de agir, mordacidade constante em comentários, excessos de vaidades, agressividade, isolamento de um ou outro que age diferente ou pensa de outra maneira ou não joga tão bem quanto os mais competitivos. Isto tudo foi deixando o dia a dia estranho e ir jogar foi ficando sem aquela alegria de antes.

TR - Mas você não acha que isto é normal entre amigos, ainda mais adultos e no meio esportivo, esta jocosidade às vezes mordaz? 

 - Claro que sim! É normal. O que não é normal, para mim, é ter se tornado insistente. E não estou dizendo que era comigo! Pelo contrário. Não me senti incomodado com algo dirigido a mim, especialmente.



TR - O que aconteceu, então?!

- Aconteceu que eu estava tomando parte em algo que eu não gosto muito. Não sou bem assim como eu andava. Não estava gostando de ser eu a participar de comentários, fofocas, juízos falsos, brincadeiras agressivas. Eu estava meio irritado com tudo e só percebi que a rotina jogando e estando no meio de certos comportamentos é que estava me deixando incômodo. Não sou um vampiro que se alimenta disso. Sou um ex-vampiro. Mas cada um faz o que quer, diz o que quer, vai onde quer. Eu gosto de todos os companheiros do tênis. O que eu não gosto é do que eu estava fazendo e resolvi dar um tempo para pensar e mudar. 



"...falam demais 
como primeiro esporte 
e colocam o tênis 
como segundo."




TR - Alguns pensam que você foi impedido de jogar... tipo, pela mulher... (risos)

- Cara, normal pensar isto. Especialmente quem já teve alguma experiência neste sentido. Não é o meu caso. Minha mulher é sensacional nesse negócio do tênis. E em outros também! (muitos risos) Ela é quem me botou pra jogar quando nos conhecemos. Foi comigo bater bola até eu conhecer parceiros para jogos. Acompanha o circuito comigo, vai jogar comigo quando pode. Nos torneios que joguei, ela estava lá e vai continuar estando. Ela mesma está estranhando eu estar mais em casa. Não foi ela quem me impediu de jogar. Fui eu mesmo. Mas, cada um cria sua fantasia. Se espalharam isto mais do que por brincadeira sem querer saber de mim as razões, então confirmam o que eu disse: falam demais como primeiro esporte e colocam o tênis como segundo. 

TR - O que você gostaria de dizer aos companheiros? 

- Nada em especial. Eles não tem muito o que fazer. Não pretendo que acreditem em mim, que concordem ou mudem comigo. Eu estou cuidando de coisas diferentes do tênis e posso voltar a jogar quando eu quiser. Se eles quiserem jogar comigo, ótimo. Por que eu quero jogar com eles. O que não quero e vou procurar não fazer é repetir comportamentos que acho inadequados eu ter em um grupo de amigos. Mas isto sou eu, somente eu. 

Aí está, tennis lover.

C´mon!

imagens: refricultural, istoegente

sábado, 9 de novembro de 2013

Que nada!



Do nada, Deus criou o universo.


É bem provável, pois do nada, muita coisa ocorre, tennis lover.


Ou quase do nada, sem combinações prévias ou arrajnos exatos, meio que por acaso, na falta de um conjunto de razões mais claras para explicar.

Assim, do nada, uma reunião que se pode chamar de festa foi organizada na La Hire Guerra, nossa quadrinha pública na zona norte de Porto Alegre.

Do nada, ou melhor, de apostas de brincadeiras que quase sempre dão em nada, O Cezar Zucchi resolveu que hoje levaria algumas cervejas para um happy hour entre os amigos no parque.

Comunicou a turma e, do nada, o Márcio (foto ao lado) resolveu contribuir.









Falou com um cliente de relações comerciais, o Super Center Pan, aqui da capital, e esta empresa deciciu que gentilmente daria salsichões e pães para o grupo.




Então, meio do nada, já tínhamos um pequeno churrasco sendo organizado.

Sem pedir nada em troca, o Joás garantiu o carvão.


O Ribas e o Reinaldo (na foto, de preto), a churrasqueira.





O Gabriel, o chimarrão.

E você acha que já estava bom, tennis lover?

Calma que tem mais.

O Evaldo e o Paulinho, excelentes cozinheiros profissionais que trabalham com comida japonesa, levaram sushi.

Isto!

Simples assim.

Do nada, sushi de entrada para o assado que viria no fim de tarde desta sexta-feira (08) com sol e calor em Porto Alegre.

E no meio disto tudo, nada melhor do que jogar o agradável tênis que a todos reúne lá na quadrinha.

Como se nada fosse.

Uma reunião casual, aparentemente.

Como se do nada surgissem as amizades.

Que nada!



Ela nasce de tolerâncias, de compreensões, de companheirismos.

Nasce por um motivo menor em favor de um maior.


Para nós, jogar tênis é nada.
Amizade é tudo.



C'mon!

fotos: Tênis de Rua


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Hein, o quê? Eu não!

O Gabriel é o melhor tenista da nossa turma.

Ganhar dele não é fácil.

Mas, outro dia, o Evaldo e eu, socamos um 6/0 nele e no Paulinho.
Inconformado com o pneu, o Gabriel apostou uma Coca-Cola conosco num próximo set.

Vencemos novamente (7/5) e bebemos refri geladinho na conta dele.

Só que o Gabriel é competitivo, tennis lover.

Quando se joga, não se faz isto para perder.
Nem no par ou ímpar.

Então, o Gabriel, dias depois de pagar a Coca, apostou de novo, tendo o Joás como parceiro, contra o Evaldo e eu.

Bom, perdemos e ontem pagamos o refri para os dois. (foto)

Hein, o quê?

Ganhar do Gabriel não é fácil.

Até minha mulher falou

"- O Gabriel? Ele treina no clube e joga campeonato e perdeu de zero pra vocês?!!"
                                                                                                                                                           Esquerda para direita: Gabriel, Evaldo, Charles, Joás
Fez rir.

O Gabriel dizer que perdeu, ainda mais de 0, também não é mole...

"Hein, o quê? Eu não!" 

É o que ele diz, brincando, é claro, quando se toca no assunto.

Mas, no fundo, pneu deixa marcas, tennis lover.

C´mon!


foto: Cezar Zucchi, tesacom

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Presta atenção para não fazer feio

Vai assumir?!



Não é a sua sexualidade, tennis lover...

Isto a gente não quer saber.


Estamos perguntando se você vai assumir o risco de apontar uma bola duvidosa e admitir para o adversário que viu, mas que a marca não pode provar sua versão.



Isto mesmo, voltamos a falar deste assunto, seu chato.
Presta atenção para não fazer feio depois.

Quando o saibro não é lá essas coisas, você pode marcar uma bola que viu fora.
No entanto, se ela for contestada, como provar?

Esse é o dilema: ou sua marcação é aceita e está definido ou é necessário jogar o ponto de volta, por mais que doa ter a certeza do que viu - e isto não quer dizer que seja o certo, é sua versão, seu ponto de vista - e ter que beneficiar o reclamante com a dúvida que dá a ele o direito de jogar o ponto novamente, já que há uma marca que não prova categoricamente a bola apontada fora ou dentro.


Na várzea do tênis é assim.
O piso problemático problematiza o jogo.

Se até o melhor saibro do mundo gera desconfiança...

Em Roland Garros, Sergiy Stakohovsky apelou para uma foto para tentar pressionar a decisão sobre uma marcação duvidosa. 

Imagina na quadrinha, onde tem mais pedra do que pó.

Quem viu o quê

Quando há competição, há emoções em quadra.
O desejo de vencer fala muito alto.

Então, não é um plano ardiloso que o adversário conteste marcações que podem ser contestadas.

É parte do jogo. Se há uma maneira de equilibrar prejuízos e se manter na disputa, eticamente é válido.

Na partida, há decisões que são comuns, mesmo que sejam controversas:

 - marcar a bola fora, apontar a marca com convicção, mesmo que ela não tenha nitidez. Isto dá segurança ao adversário que, se não aceitar, irá discutir e dizer o porquê da atitude dele;

 - apontar a bola fora e assumir que a marca está lá, pode ser vista, não é nítida, mas que você viu mesmo fora.

Neste caso, essa honestidade, digamos assim, pode imediatamente custar a oportunidade que o adversário precisa para usá-la a favor dele e contra você.

E aí, vai assumir?

Lembre: outro dia, do outro lado, pode estar você contestando uma marcação.

Como você vai fazer isto?

C´mon!!

foto: dalymail

domingo, 29 de setembro de 2013

Chora, neném

O tênis não é duelo.

Mas, às vezes, parece um. Civilizado, não tira a vida de ninguém.
Porém, pode ferir a honra, tennis lover.

Em alguma quadra pelo mundo, neste momento, alguém está acusando outro alguém de desonestidade. Mesmo que indiretamente, está.

Ocorre quando um jogador duvida de outro de modo a fazer com que este outro pense que está sendo acusado de agir deliberadamente para tirar proveito de uma situação.

É comum na marcação de bolas próximas às linhas.

E isto incomoda, principalmente o nervosinho.

C´est moi

Posso dizer que é meu perfil emocional no tênis.

Não gosto de nada que me agrida e minha reação é a irritação.
E pouca coisa me agride mais do que ser suspeito de desonestidade.


Isto ocorre porque defendo quase que de modo canino a inocência presumida. Ou seja, ninguém é culpado até que a culpa seja provada. E no tênis é difícil isto. Então, procuro ser justo, mesmo contra mim, e acabo esperando que os outros sejam também. Que não pensem que uma marcação minha contra o adversário seja intencional quando ela parece ser duvidosa.


Minha boa intenção não impede meus erros. Posso não ver bem uma bola. Neste caso, a marcação é por incapacidade, não por falha de caráter. E se ela for realmente como marquei, por um melhor posicionamento na jogada, por exemplo, duvidar de mim sem ter condição, por estar longe do ponto de contato na quadra ou só por achar que foi muito perto, acaba, em alguns casos, me deixando nervosinho.

Especialmente se a marcação é feita pelo oportunista.

Se dando bem

O oportunista é aquele jogador gente boa, que não compra briga com ninguém, mas, se tiver uma chance de levar vantagem numa situação, ele leva.

É o tipo de tenista que aquela bola no limite, se o favorece, ele defende a marcação conforme a conveniência. Canta fora quando é do adversário e boa quando é sua. Ele sabe que é uma bola difícil, então se aproveita.

Ele faz isso contra você e a seu favor, quando estão jogando uma dupla juntos, por exemplo.


Então, você que vê acontecer, sabe como ele é e entende que este tipo de jogador não tem moral para pressionar em marcações duvidosas, ainda mais em partidas disputadas, quando o detalhe pode decidir.




Porém, o oportunista está lá.
E se ele estiver jogando ao lado do chorão, ele vai ter várias situações para entrar em ação.

Lágrimas nos olhos



Chora, neném.

É o que faz o chorão em quadra.

Ele é do tipo que não faz por mal, mas reclama de modo contumaz. Sempre vai ter aquela bola que ele desacredita, erra por falta de capricho ou excesso e ainda assim pensa que deveria ter acertado.

O chorão, quase sempre é um jogador que lida mal com os próprios erros. Não admite falhar tão facilmente.

Se a bola dele, que parecia tão eficiente, saiu por um detalhe, ele não acredita que a marcação do adversário foi ainda melhor e flagrou aqueles dois centímetros que saíram, o popular "saiu por um dedo."

O chorão reclama o ponto e é o que o oportunista precisa para pressionar a marcação, armar uma situação e irritar o nervosinho, que marcou o que viu, e viu fora.

Na paz

O pessoal acha que tênis é coisa fácil...

Ele é uma escola de civilidade para todos.

O nervosinho aprende que por mais que ele ame a justiça e tente ser correto, ele sofrerá injustiças e precisará lidar com elas. Ninguém agrada a todos e é visto como um cara do bem por todos, com seus defeitos, mas em esforço para acertar. Tem gente que não está nem aí.

O oportunista tem a chance de perceber que os outros observam o seu comportamento, nem sempre legal. Se ele se importar com o julgamento alheio, terá a oportunidade de ser mais ético no jogo e evitar situações que o favoreçam ao custo do prejuízo dos demais.

O chorão pode ver nestes momentos um caminho aberto para dar aos outros jogadores o crédito por acertos tão bons ou melhores do que ele mesmo é capaz. Quando o adversário tem mais sucesso, não significa que ele tirou algo que o chorão entenda que era seu por um decreto que só existe na cabeça dele.

O tênis é uma aula de convivência e ensina que apesar das diferenças, todos podem vencer na paz.

C´mon!

imagens: maniacplanet, mundohq, celsolungaretti, imagens,us

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

É uma paita pichona

Choveu muito nos últimos dias de agosto no Rio Grande do Sul, tennis lover.

A água toda que caiu provocou enchentes em diferentes cidade da Grande Porto Alegre. Interditou parcialmente rodovias, atrapalhou negócios e, o que é pior, fez famílias deixarem suas casas. Os prejuízos foram imensos.



Em Alvorada, município vizinho à capital gaúcha, já são 11 dias de alagamentos e a previsão é de que a água demore ainda mais de uma semana para baixar totalmente.


Banhado

Segundo Osmar Ribas, o Véio (foto), como chamamos, a chuva passada provocou os piores estragos que ele já viu na quadra da La Hire Guerra em décadas.


A quadrinha, onde jogamos, ficou um banhado e precisou uma semana para o piso secar a admitir reparo.


Ontem fomos lá para dar uma guaribada.




Varrer folhas e juntá-las, tapar buracos, raspar o barro compactado e botar um pouco de pó.


Trabalhamos à tarde no que deu.

Um cansaço.





O Véio até desmunhecou de tanto varrer.



Como diz o alemão, "é uma paita pichona esse Féio!"

#bullying

C´mon!




fotos: O Alvoradense, Tênis de Rua


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Infernais

Agora é para os fortes, tennis lover.

O último Grand Slam do ano, para mim o mais empolgante pela presença e comportamento do público, pelos jogos noturnos e toda a atmosfera de diversão e competição, começa a ser transmitido na semana que vem.

O US Open é também um momento nostálgico.

É como um encerramento antecipado de temporada, já que até o fim do ano não há uma competição do mesmo porte.


Então, a gente se contenta com o que tem.

Pé no pó

A cada fim de semana, para a rapaziada que joga na La Hire Guerra, é um Grand Slam.

Uma quadra e trocentas cabeças querendo jogar.







É no tapa para decidir quem entra e desfruta do pé no pó atrás da viciante bolinha amarela.

Semelhante ao que ocorre em outras quadra públicas de cidades como a nossa, que não investem no tênis popular.









Esperar por realização de melhorias pelo poder público é igual a querer jogar tênis com raquete sem corda.

Ontem, foi com a ajuda do Paulo Degrazia que conseguimos saibro para dar uma guaribada na cancha, prejudicada pelas chuvas invernais.




Infernais.

C´mon!


fotos: Tênis de Rua

sábado, 3 de agosto de 2013

Se liga na várzea

É brabo jogar numa quadra com irregularidade na luz, tennis lover.

Lá na pracinha, o pessoal reclama.

"Pô! Perdi essa bola por causa dessa p%rr@ desse sol e sombra!! 
C@r%lh0!"

Culpa da prefeitura, da meteorologia, do ducado de Veneza, da Santa Sé, do baby George da Inglaterra. Da natureza que deixou aquela árvore crescer logo ao lado da cancha...

Nos grandes torneios não é assim, pensa o tenista frustrado pelo sol e pela sombra que esconde a bolinha e estraga o jogo.

Se você é um deles, está errado, tennis lover.

Nos torneios maiores também ocorre este tipo de problema.


Se liga na várzea do Clube Paineiras, na capital paulista.

Este jogo é válido pelo Challenger de São Paulo.

E agora?!
Reclama da quadrinha!!


C´mon!!



link: institutosports.com.br
foto: Tênis de Rua

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ca.tim.ba

Substantivo feminino, sf.

1. Malícia, manha.
2. Esporte - Recurso malicioso usado por jogadores para retardar o jogo, atrapalhar o adversário, etc.

É o que diz o dicionário de Língua Portuguesa, tennis lover.
O famoso "amansa".

O que que dizem as quadras de tênis?

No nível profissional, a catimba é menos verbal por imposição da regra. Mas os jogadores dão um jeito. Demoram para sacar, pedem atendimento médico, solicitam ir ao banheiro, reclamam do juiz, fazem cara torta para uma marcação ou outra, comemoram pontos com contato visual no adversário, festejam erros não forçados de quem está do outro lado da rede.

E isto vai entrando na cabeça do jogador que recebe a provocação.

E tem mais.

Há uma história de que numa virada de lado, Lleyton Hewitt teria dito "você já era" ao adversário, que acabou perdendo o foco e o jogo. Aliás, provocações são com o australiano. E ele já teria passado dos limites, sendo até criminoso ao ofender de modo racista o tenista James Blake, o que é outra coisa, reprovável.


É do temperamento de Hewitt.

Há quem deteste e acredite ser execrável mesmo para o tenista recorrer às catimbas.

Porém, elas estão no esporte em geral como um recurso de pressão psicológica com intenção emocional e o objetivo de desestabilizar o desempenho do adversário.

Quer ver?



Gritar c´mon, vamos, vâmo e todos os correspondentes em alto volume e vibrar ostensivamente é sinalizar domínio.

Nos jogos profissionais isto é parte do contexto.



E na pracinha?
No tênis de rua?



Aí, tennis lover, o bicho pega!

Como não tem juiz para mandar calar a boca, a catimba é generalizada e, às vezes, extrema. Vem com zombaria, com desprezos, humilhações... dentro dos limites para não virar briga, é claro.

A meta é tirar o outro do jogo em momentos em que ele está acertando e sendo eficiente.

Ocorrendo entre amigos, é absorvida como malícia, sem prejudicar as relações.

Ocorrendo entre desconhecidos, é desrespeito que pode virar atrito sério.

É necessário saber quando usá-la.

C´mon!

fotos: uol, turmadoamendoin, smartdata

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sempre penteadinha

Você já amou quem não te ama?

Não estamos falando daquela pessoa que um dia machucou teu coraçãozinho, tennis lover.

Calma, jovem!

Estamos falando de algo inanimado, que não pode corresponder ao sentimento.

Nós, por exemplo, amamos nossa quadrinha de saibro na praça La Hire Guerra.

Somos até meio egoístas em relação a ela.



Somos cuidadosos, queremos que ela esteja sempre bonitinha.
Sempre penteadinha, tipo quando a gente passa a esteira para levantar o pó que fica um pouco compactado.





Estamos constantemente limpando e ajeitando a quadrinha, como é carinhosamente chamada pelo grupo de tenistas que jogam lá.

Quando chove forte, como ocorreu nas últimas semanas, ela fica danada.




Temos que consertar, nós mesmos.


Hoje, trabalhamos duro.





Colocamos saibro num dos fundos e fizemos de tudo para que ela ficasse tinindo.






Valeu a  pena e o set rolou solto, adorável quadrinha.



C´mon!




fotos: Tênis de Rua

terça-feira, 9 de julho de 2013

Atendendo a pedidos

Deu na TV!

Disse um.
Disse outro e por aí vai.

Durante a transmissão do torneio de Wimbledon, pelo SPORTV, assim como em ocasiões anteriores.

Falamos da reportagem realizada pelo amigo e colega Thiago Morão para a RBSTV sobre o tênis praticado em quadras públicas em Porto Alegre.

A matéria, como nós jornalistas chamamos, surgiu a partir do interesse do Thiago por uma ideia que propagamos já há algum tempo: a de popularizar o tênis como modalidade acessível a todos por meio do uso de equipamentos públicos.

Quadras, tennis lover, é o que queremos dizer.

Não adiante ter raquete e bolinhas se não houver quadras.

É delas que a cidade precisa em maior quantidade para que o tênis seja ainda mais praticado.

Quando criamos o Tênis de Rua, foi como pegar uma ideia que já existia e dar a ela um ponto de convergência. Mostrar que é possível, divertido, competitivo e que possui uma cultura própria de respeito e inclusão.

De cidadania.

Atendendo a pedidos, resolvemos botar a reportagem no site.
Se você quiser vê-la, clique aqui.

C´mon!

foto: Tênis de Rua

domingo, 7 de julho de 2013

Urna funerária

Da choradeira no ano passado até hoje, 77 aos se passaram.

Deixa que eu explico, tennis lover.

Murray, que perdeu a final de Wimbledon em 2012 para o Federer, chorou por ele mesmo e pela história que carregava nas costas. E neste ano, lá estava de novo o britânico.

Sim, britânico porque ganhou.

Se tivesse perdido, seria escocês.

Então, com 77 anos se passando pela cabeça e pelo coração de toda a Inglaterra que aprecia tênis, de um ano até o outro, Andy Murray soube evoluir e jogar mais do que o suficiente para transformar lágrimas em sorrisos incrédulos.



Matou Djokovic em 3 sets a 0 e levantou a urna funerária...





Digo, troféu, de Wimbledon.

Amém.


Que post mórbido... era para ser alegre... C´mon!


fotos: Reuters, Komonews

sábado, 6 de julho de 2013

Esforço

Essa Bartoli...

Que jogo estranho, tennis lover.

Mas ela venceu Wimbledon. Socou 6/1 e 6/4 na Sabine Lisicki e, aos 28 anos, levantou a primeira taça de Grand Slam.

Merece pelo esforço.
Para algumas pessoas, o tênis é mais resultado de trabalho do que de talento.

C´mon!

foto: sportsillustrated

sexta-feira, 5 de julho de 2013

C@g@ tudo

Já viu jogador de futebol do mesmo time brigando entre si, tennis lover?

Oui, mon frère... discutem, batem boca. Basta não haver o que se chama lealdade em campo.

Ocorre quase sempre quando um elemento, principalmente da defesa, não se aplica, não respeita a tática, não corre, não mostra raça, não dá o sangue enquanto o resto da equipe se mata para alcançar o resultado.

No tênis acontece a mesma coisa.

Hoje, joguei um jogo ruim que dói.

E reclamei do meu time, do meu amigo que fazia dupla comigo.

Ele acha que reclamei dos erros dele.

Não foi, nem é isso!

Tem uma diferença muito grande entre cobrar alguém que não tem bons fundamentos ou golpes e por isso desperdiça pontos do que reclamar de quem poderia render mais e falha por falta de dedicação e esforço em quadra.

É uma questão de atitude, jamais de técnica, nestes casos.

Torcer o nariz para quem joga pouco e erra tentando fazer o seu melhor é injusto e reprovável.

Cobrar de quem pode dar mais e não o faz por desmotivação durante o jogo é necessário para corrigir a postura em alguns momentos.

Mas tem jogador que não compreende e repete-se no erro.





E aí, tennis lover... c@g@ tudo.



C´mon!




foto: garotasdocontra, terra

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Jason com raquete



domingo, 26 de maio de 2013

Força na peruca

Lá na quadra de tênis onde a gente joga quase todos os dias, ninguém vai gritar "vamos, vâmu,
c´mon" ou sei lá o que mais.

Por duas semanas.

Agora, só se grita "allez!"

Efeito Roland Garros, tennis lover.

Hoje à tarde, trocando boas bolas e segurando o saque torpedo do amigo Gabriel Hennig, para desespero do parceiro dele, Renato Martins, eu e Cassio Stallivieri vencemos dois sets nas duplas embalados pelo "allez!" nos pontos mais empolgantes.

Força na peruca

Só que lá no saibro da La Hire Guerra, todo mundo tem que miar fino e fazer força na peruca se quiser ganhar.

O cristão, lá, se despenteia.

Ao contrário de Roger Federer.

O suíço vence em Roland Garros sem desarrumar o cabelo, como diz o jornal uruguaio El Observador.


Federer ni se despeinó





Bem observado, hermano...


C´mon!







C´mon, nada...

Allez!

fotos: elobservador, pitonicas


terça-feira, 7 de maio de 2013

Entrou para o folclore

E o Djokovic, hein?!

Chegou e já saiu.



Tomou uma laço do saci da Bulgária, Grigor Dimitrov, na estréia em Madrid e foi eliminado.







Mesmo com câimbras e mancando, o tenista de 21 anos arregaçou o sérvio (2/1) e mandou Djokovic pentear mula sem cabeça em Belgrado, tennis lover.


Um jogaço!
Entrou para o folclore.

No além

Federer, pode se aposentar.

Teremos um novo número 1 com backhand de uma mão só!

C´mon!

ilustrações: uol, internet

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Saibro, saibro mesmo

Quem viu, viu.

Roger Federer.

Único campeão no saibro azul de Madrid per secula seculorum, amen.

O pó smurf, definitivamente rejeitado pelos jogadores, fica na história do ATP 1000 da Espanha e sabe-se lá quando volta às canchas.

Se é que volta.




Madrid começou com saibro, saibro mesmo.



C´mon!




fotos: asdotenis, Facebook Rafa Nadal