sexta-feira, 27 de julho de 2012

As quadras provocaram isso

Tentar não é conseguir.

Dá para dizer que os responsáveis pela área o tênis no Parque Germânia tentam, mas não conseguem. Pode ser boa vontade sem empenho, pode ser empenho sem recursos, pode ser recursos sem boa vontade e começamos tudo de novo. Por se tratar de um parque público, sabemos que burocracia e orçamento e interesses políticos são coisas que precisam ser acomodadas para se chegar aos objetivos.

Fatos

As placas que orientam a prática da modalidade no Germânia, recém instaladas, ajudam a disciplinar o uso. Uma necessidade atendida pela qual todos agradecem. Mas não há um tópico fundamental.

Não expressam a prioridade para jogos de duplas.

As duplas servem para botar mais gente em quadra jogando e assim desafogar a fila de espera em dias de maior movimento. Como não há nada mencionado nas normas, pode ocorrer equívoco e com ele, conflito. Dois desavisados que cheguem lá e batam pé que vão jogar simples tendo 40 em volta querendo a vez, por exemplo. Recorrer a quem ou o que na hora de decidir sem preterir?

Outro problema permanente é o piso das quadras. Volta-se ao assunto porque ele segue insolúvel. 
Quem não joga tênis ou joga pouco ou não quer enxergar, olha para as canchas e vê que na aparência elas estão bem. No entanto, é só aparência. O material é inadequado e sem qualquer resistência. O tênis em nível mais competitivo fica sem qualidade.

Às vezes a turma de tenistas se pergunta ou se surpreende como muitos jogadores de maior nível deixaram de frequentar o parque.

A resposta, todos elaboram por si mesmos: as quadras provocaram isso.

fotos: tenisderua

domingo, 22 de julho de 2012

Os entendidos

De virada, hein?!

Thomaz Bellucci revolucionou a si mesmo e mostrou força para reverter o placar contra e conquistar pela segunda vez o título do ATP de Gstaad, na Suíça. Derrotou Tipsarevic no saibro por 6/7, 6/4 e 6/2.

O brasileiro precisou gastar a bola Gstaad.

Precisou também gastar aquela energia contida para manter o foco e assim segurar seu melhor tênis em jogo. Aquele que muitas vezes o vinha abandonando por falta de concentração ou queda no vigor físico, como o próprio tenista explicou.

Ele, que está lá dentro das linhas, sabe o quanto o tênis é delicado e exigente.

Entendidos

Sabe, tennis lover, por que cada brasileiro é um ótimo técnico de futebol?

Porque não estão em campo decidindo.

No tênis é igual.

Ontem, enquanto Bellucci provavelmente pensava em como derrotar o sérvio que o havia vencido no último confronto em Stuttgart, na semana passada, Rodrigo (na rede) e Gabriel jogavam contra André e Cassio no saibro guasca da La Hire Guerra, em Porto Alegre.







Do lado de fora, os entendidos analisando a partida: Paulo, Ribas, Fernando e Cezar (esquerda para direita).
Sim, porque olhando o jogo, todos são ótimos tenistas.
Mas na cancha, com a raquetinha na mão, nenhum é tão talentoso quanto na teoria. 


C'mon!



fonte: Estadão
fotos: site thomazbellucci, tenisderua

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Fuera

Com problemas nos joelhos, Nadal comunica que não vai defender o tênis espanhol nos Jogos Olímpicos de Londres.

Com a desistência do número 3 do mundo, Del Potro pode ficar com a vaga devido ao ranking.

A Espanha deve procurar outro competidor para carregar a bandeira nacional no desfile das delegações.

fonte: El Clarín
foto: montagem tenisderua

terça-feira, 17 de julho de 2012

Você está entendendo?

O resultado de uma pesquisa divulgado na segunda-feira aponta que 38% dos estudantes que frequentam as universidades brasileiras são analfabetos funcionais. São pessoas alfabetizadas, mas que não compreendem bem aquilo que é lido.

Falta de exercício, de leitura e interpretação.
Você está entendendo, tennis lover?
Se não estiver, larga essa raquete e pega um livro imediatamente.





Bom, agora só analfabetos funcionais podem dar alguma desculpa por não saberem quais as regras para uso das quadras de tênis do Parque Germânia, em Porto Alegre.










Placas foram instaladas nas laterais das canchas com normas disciplinares para ajudar a tornar a prática do tênis mais sadia e democrática.









Nesta manhã, o Paulo Diebold, o filho Eduardo e a companheira canina Zara, que também gosta de uma bolinha amarela, davam o exemplo. Adultos, crianças, iniciantes e avançados podem jogar em harmonia se respeitarem o equipamento, que é para tênis e não outras modalidades, e uns aos outros.




Lendo o jogo


Em Gstaad, na Suíça, Thomaz Bellucci leu bem o jogo e, sem problemas, despachou Blaz Kavicic do torneio com duplo 6/1. O brasileiro, que venceu este ATP 250 em 2009, o primeiro da carreira, agora pega  Mikhail Youzhny, que já derrotou Bellucci nas 3 vezes em que jogaram.

Vai ser pedreira na poeira.

Mas para escrever a história que será lida depois, não tem outro jeito.

fontes: Correio do Povo
Tênis Brasil
fotos: tenisderua

domingo, 15 de julho de 2012

Ranhentos

De volta ao grupo dos 60 melhores tenistas do ranking, Thomaz Bellucci volta às quadras na semana que vem, em Gstaad, na Suíça, onde já levantou a taça em 2009.

Hoje, ele poderia estar disputando o título em Stuttgard, na Alemanha, se não tivesse perdido ontem para Tipsarevic por 6/4, 2/6 e 6/4. A chuva atrapalhou um pouco o início da partida, mas nada demais.

É verão por lá, está quentinho, bem diferente daqui, no sul do Brasil, já que neste hemisfério é inverno.
Nesta semana, jogando uma partida à tarde com um ventinho de congelar até pensamento, a munhequeira tinha mais ranho do que suor, tennis lover.

Que inverno, esse inferno!

Ou o contrário.

No mesmo dia em que Bellucci deixava escapar a vitória sobre o sérvio por apenas uma quebrinha, fomos nós, guerreiros do vício do tênis, para a geladeira chamada praça La Hire Guerra, em Porto Alegre.

E estava frio na quarinha...
Jogar, só de agasalho.



No meio do arvoredo, na sombra, o frio judiava de mim e do Medeiros (de abrigo).











Do Ribas e do Cigano (de boné).










Na torcida, apreciando a exibição luxuosa de tênis de rua, minha esposa, Silvia, de touca e encolhida na friaca.

E nós, que não nos mixamos por pouco, jogamos até a boquinha da noite.

Ranhentos.

fonte: Tênis Brasil
fotos: tenisderua

domingo, 8 de julho de 2012

Qualquer um chorava




"Chorei, não procurei esconder
todos viram, fingiram
pena de mim, não precisava.
Ali onde eu chorei
qualquer um chorava.
Dar a volta por cima que eu dei
quero ver quem dava." 






É, tennis lover...

Se ontem tinha música para a Serena campeã, hoje tem também para Federer. O samba de Noite Ilustrada descreve bem o momento na carreira do suíço e o que ele passou desde que deixou o topo do ranking. O tênis exuberante, a vontade e a capacidade de vencer do campeão de Wimbledon 2012 chegaram a ser questionados.

Mas neste Grand Slam de Londres, Federer mostrou que ainda tem garrafa velha para vender.

Ao derrotar hoje Andy Murray por 4/6, 7/5, 6/3, 6/4 Roger Federer se igualou a Sampras em número de conquistas em Wimbledon, com sete títulos, somando 17 taças de Grand Slam e de quebra retornou ao primeiro posto do ranking do tênis.

Histórico.

Chorei, não procurei esconder

Federer chorou, agora de alegria, diferente do Australian Open de 2009, ao confirmar o match point.

Mas para chegar lá, não foi tão fácil. Murray se mostrou muito sólido jogando na base. Alongou os pontos, sacou bem e pressionou o suíço em vários momentos. Ganhou o primeiro set com autoridade. Perdeu o segundo sendo quebrado, porém retornou no set seguinte sem mostrar ter sentido o golpe. Mas Federer foi melhor e conseguiu uma quebra importante no meio do set e se manteve na dianteira. No quarto set, Murray permaneceu firme e agredindo. Sem relaxar, Federer teve que sacar bem e elevar o backhand para ter o jogo com algum controle até a vitória.



O legal foi Murray ter mostrado uma atitude melhor, mais concentrado e tentando dominar os pontos. Se o britânico crescer na cabeça, seu tênis excelente virá para a quadra e ele ganhará títulos maiores.

Ele já esteve nesta situação de disputar um título desta grandeza. Desta vez, pareceu mais maduro.

No fim da partida, também em pranto incontrolável, Murray começou dizendo que "está chegando perto." Está sim. Está perto de conquistar um Grand Slam. Isso não quer dizer que vá, mas que tem condições. Murray está mais perto do coração do torcedor também. Hoje ele mostrou a emoção ao mundo e foi correspondido.
 



Foi bonito e digno de quem batalha.
E só quem batalha sabe quanto uma vitória destas vale.
C´mon, Murray!

C´mon, Rogeeeeeeeeeeeer! 


Os tenistas de rua que votaram 'sim' na enquete deste site perguntando se Federer voltaria a ser o número 1 do mundo entendem do que fazem. Souberam perceber que o suíço ainda não perdeu a precisão.

A votação ficaria aberta até o ATP Finals.
Não precisa mais.
Fica o resultado: 87% sim, voltaria a ser número 1. Não, 13%.

Então, canta Federer.






"Levanta, sacode a poeira
e dá a volta por cima." 









Fontes: Huff Post
Terra
Tênis Brasil
fotos: terra, msn, bbc, metro, 
thesun, lifeinsports, museudatv



sábado, 7 de julho de 2012

Tá, sereia não




"O mar serenou 
quando ela pisou
na areia"







Como o mar no verso de Clara Nunes, Wimbledon também serenou.

Serena Williams é penta campeã do slam da grama.
Bateu Agnieszka Radwanska por 6/1, 5/7 e 6/2.

Canta, Serena.

"O mar serenou
quando ela pisou
na areia


Quem ganha 
cinco vezes em Londres
é sereia."


Tá, sereia não.
Não vamos exagerar, tennis lover.



fontes: Tênis Brasil, Terra
fotos: justtv, globoesporte, Wimbledon

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Verões, morangos e chantilly

Final de Wimbledon no History Channel.

Bem que poderia, tennis lover.

É o jogo com mais história entre os confrontos pensados para disputar a taça em Londres neste ano.

De um lado, Federer entra em quadra para se tornar recordista em títulos ao lado de Sampras, com sete. Do outro, Murray é o britânico que pode levar o caneco diante de seus patrícios depois de 76 anos. É o primeiro em uma final em seu país após 74 verões, morangos e chantilly.

É briga de cachorro grande.



Big dog fight.


C´mon!






Resultados


Federer venceu Djokovic por 6/3, 3/6, 6/4 e 6/3 e Murray derrotou Tsonga por 6/3, 6/4, 3/6 e 7/5.

fotos: History Channel
bichomaniacascavel

quinta-feira, 5 de julho de 2012

"Amenhãmmm"

Tinha um pedreiro que uma vez realizou vários serviços para meus pais.
Como ele tinha muitos compromissos, nem sempre podia atender na hora a uma consulta, orçamento ou trabalho.

Então ele respondia: "-Amenhãmmm, amenhãmmm eu passo lá."

Pois, "amenhãmmm" é um dia de grande obra no tênis.
Djokovic enfrenta Federer e Murray pega Tsonga em Wimbledon.

O sérvio defende a posição número 1.
O suíço quer este lugar e o sétimo título em Londres.
Murray quer ser o próximo britânico campeão em casa desde Fred Perry, há 76 anos, e para isso tem que passar antes pelo francês que busca seu primeiro Slam.

"Amenhãmmm", tudo isso "amenhammm."

foto: portugues.torange.biz

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Voltas que as bolas dão

Nas voltas que as bolas dão e com elas o mundo, Roger Federer pode recuperar a posição de número 1 do mundo extamente em Wimbledon, onde a deixou em 2008.

Ao perder a final daquele ano para Rafael Nadal em um jogo épico, o suíço encerrou a série de cerca de 4 anos de meio como o melhor do ranking. Naquela ocasião, o espanhol chegava ao primeiro título em Londres.

De lá para cá, o posto máximo entre os tenistas esteve com Nadal e com Djokovic. Contra o sérvio, o suíço pode começar decidir quem é o melhor já nas semifinais de Wimbledon. Hoje os dois passaram pelos adversários. Federer bateu Youzhny em 3 sets e Djokovic passou por Mayer, também sem perder sets.




O confronto recente entre os dois ocorreu em Roland Garros deste ano, com vitória de Djokovic.






Se Federer alcançar o título de Wimbledon, empata com Pete Sampras em número que canecos em Londres, sete, e retoma a posição de número 1.

fonte: Swissinfo
BBC
foto: Reuters
AFP

terça-feira, 3 de julho de 2012

Adversário nojento

Serenidade é a onda do momento no tênis feminino em Wimbledon.

Ou seja, acompanhar de perto o desempenho de Serena Williams no Slam da grama. A tetracampeã em Londres mandou a tcheca que defendia o título, Petra Kvitova, para a maquiagem mais cedo do que ela esperava. A norte-americana venceu por 6/3 e 7/5.

Mas o melhor foram as palavras de ex-número 1.

Logo após a partida, pelo twitter, as declarações já repercutiam.


Serena disse que não gosta de perder. Se não é a primeira, então é a última e não guarda prêmio menor do que o dado ao campeão. Quatro vezes campeã em Wimbledon, Serena afirmou que a meta é vencer os próximos dois jogos e ficar com o quinto título inglês. A próxima partida é contra Victoria Azarenka.


 

Atitute

Pode-se interpretar as delarações de Serena como uma manifestação arrogante.

Mas seria um exagero, tennis lover.

Isso porque ela não se colocou acima das adversárias. Apenas se afirmou capaz de derrotá-las. E isso é possível e provável.

Serena criou pressão para seus jogos ao mesmo tempo em que gerou estímulo.

Na competição amadora, valendo faixa ou apenas um refri geladinho, esse tipo de postura pode ser positiva.

Mesmo sem flashes, câmeras ou microfones, você pode afirmar para si mesmo que é capaz de derrotar aquele adversário nojento, basta se manter focado no que sabe de melhor e atento para encontrar a maneira de anular o cidadão com a raquete do outro lado da rede.

Serena ensina essa serenidade com objetivo.

fonte: Tênis Brasil
foto: Wimbledon, flogão

domingo, 1 de julho de 2012

Glorinha

Entre Federer e Nadal, torço para os dois, de maneiras diferentes.

O suíço é aquele negócio, tem um tênis exuberante, técnico, esplêndido. Da prazer em ver jogar.
Já o espanhol é uma fortaleza, un luchador de verdad.

Por bastante tempo, joguei com raquetes agressivas. Preferi Wilson PS por causa do controle, modelos parecidos com a Tour 90, do Federer. Mas o braço cansa, tennis lover.

Experimentei Babolat por uns 6 meses.
Com uma Drive Z tive bons resultados na época e cheguei a vencer um torneio de simples. Mas permanecei com as Wilson, jogando com a Rok e depois com a BLX.

Agora, volto para a Babolat Aero GT, modelo com o qual joga Rafael Nadal.

Para celebrar este reencontro, trago para o Tênis de Rua o post do outro blog, o Capinando, de quando as Babolat renderam um troféu para a estante.

É de arquivo.
Outros virão.

C´mon!

Glorinha

Glorinha não é uma moça.


O nome, quando diminutivo, reduz a coisa.
Faz parecer ter menos valor.
Mascara grandezas.
Glorinha não é uma moça.
É uma pequena glória.


Uma gloriazinha.
Mas é minha.
Sei quanto custou.



Hoje degustei a singela alegria gloriosa de vencer um torneio de tênis em Canoas, na Grande Porto Alegre.


Em dois dias de jogos, 13 e 14 de março de 2010, superei os 16 tenistas inscritos na classe B de simples (jogos de 1 jogador contra 1) no Aberto COGAPA/Chaparro Tennis School/Gatorade de Tênis.





Cuide-se, Federer.





fotos: Tênis de Rua
divulgação