sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Hoje poderia ser o dia

Djokovic venceu Murray hoje, no Australian Open e foi para a final.

Jogará contra Nadal no domingo.

Acompanhando o jogo, especialmente pelo twitter, percebi uma inclinação da maioria pelo sérvio.
Nada contra. Pode-se torcer para quem quiser, admirar um em detrimento de outro e escolher assim o favorito em quadra ou na carreira. Aliás, Nole é número 1 do mundo com méritos. Soube e sabe aproveitar o momento para estar no topo do ranking.

Tem garra competidora e joga um tênis baseado em força, do fundo da quadra. Como quase todos os profissionais do momento.

Agora, o que falta ao Djokovic?
Ele precisa de algo?

Talvez, muito pouco.

É um jogador e tanto e é querido fora da quadra. É meio 'marrento' no jogo, como muitos outros. Não tem o talento na mão como alguns que estão no circuito mas, onde estão estes talentosos na corrida, em relação ao líder?

Ter Djokovic como favorito numa partida ou até mesmo torcer para ele pode ser fácil, já que há indutores de sobra para isso.

Fiz diferente


Entre o Djoko e o Murray, torço para o escocês.

É uma preferência um tanto emocional.

Andy Murray, acredito, tem um tênis mais completo que Novak. Porém, menos eficiente hoje. Isso porque Andy ainda está por descobrir melhor uma certa arma que Djokovic já conhece e domina.

A força mental.

Assim:
Nadal é mentalmente mais forte do que Federer. Quando torço para o suíço, espero ver seu mais exuberante tênis e desejo sempre que ele supere a dificuldade emocional de lidar com o espanhol.

Num jogo entre Nadal e Djokovic, torço hoje para Nadal encontrar uma forma de anular a força física de Nole e trazer o jogo para o detalhe mental, onde eles se equivalem.

Nessa zona sai o grande jogo.

Quando jogam Murray e Djokovic, torço para Murray achar um equilíbrio consigo mesmo que o permita acreditar mais em si, ser mais preciso, focado, intenso. É aí, nas emoções, que ele perde para o sérvio de goleada.

Hoje poderia ser o dia.

As habilidades se equivalem. Os físicos, também.

Mas Murray ainda não controla bem os nervos.

Por esta razão, não tão óbvia, queria ver Murray na final do AussieOpen, tennis lover.

Fica para outra, Andy.
C´mon!!

2 comentários:

  1. Discordo respeitosamente, professor! Djokovic é HOJE (veja bem, hoje) o tenista mais completo de todo o circuito. Conversamos sobre isso no fim do jogo, mas não tenho partido, apenas proponho uma análise fria dos melhores jogadores:

    Forehand - Federer um pouquinho acima, Nadal e Djokovic logo abaixo, Murray BEM abaixo

    Backhand - Djokovic reina absoluto, com Federer e Murray abaixo, e Nadal por último

    Saque - Federer, Djokovic e Murray mais ou menos se equivalem, com Nadal tendo esta sua principal deficiÊncia (na qual vem melhorando muito)

    Voleio - Federer rei, Djokovic excelente, Murray bom e Nadal só em dias muito inspirados, em anos bissextos e noite de lua cheia

    Força mental - Nadal e Djokovic primeiro, depois Federer, depois Murray

    Fora o quesito subjetivo "carisma", no qual o sérvio dá de RELHO em todos os outros. De qualquer forma, somando tudo e dividindo, acho meio bizarro dizer que Murray é mais talentoso que Djokovic.

    Grande abraço

    ResponderExcluir
  2. Bom, jovem. Em outras palavras, você diz o mesmo ou quase, apesar de afirmar que discorda. Leia melhor o post. Pense em como os jogos do Murray são decididos. Por qual razão ele permite a superioridade dos adversários figurar nas estatísticas. Pode não parecer possível, mas eficiência e talento são dissociáveis. Djokovic é menos talentoso que Murray, porém, mais eficiente. Nole acaba melhor sua 'obra' por explorar mais, no limite, aquilo que sabe e pode. Murray tem o talento, a capacidade de ser versátil, de variar o jogo, de ser surpreendente e imprevisível e não o controla plenamente. É mais potencial do que realização. Outro cara que é assim é o Gasquet. Aí eles jogam com tenistas menos talentosos, no entanto mais regulares, e perdem. O Bellucci sofre do mesmo mal. Tem talentos que não explora por não criar a ocasião ou perdê-la por descontrole mental. As comparações entre golpes, mestre, servem para mostrar que Murray está na posição que está por justiça. Elas são fatos. Mas ainda resta a pergunta: por que estes fatos ocorrem? Por trás da questão técnica, de fundamentos mecânicos, no caso do Murray e de outros jogadores, durante os jogos, fica evidente o problema de cabeça.

    É a tal da confiança.

    Del Potro precisou acertar um puta forehand contra o Federer, depois de errar 448, para entrar no jogo e vencer o USOpen.

    Cabeça ajudando na execução do jogo.

    No futebol, algo parecido é o jogador que tem drible e não é objetivo. Se esconde em decisões, escolhe as jogadas erradas. É um talento com a bola no pé, mas não joga para a equipe e compromete assim os resultados.

    "Andy Murray, acredito, tem um tênis mais completo que Novak. Porém, menos eficiente hoje." Foi uma das frases do post. Quem sabe melhor explicada agora. Ou não. E não precisamos concordar. mesmo que seja 'bizarro'.

    Abração!

    ResponderExcluir