terça-feira, 13 de novembro de 2012

Bola fora

Um dos grandes problemas brasileiros é o desperdício.

Somos o país que joga cerca de 39 mil toneladas comida no lixo a cada dia.
Da produção agrícola nacional, mais de 60% se perde ao longo da cadeia entre a lavoura e o consumidor.

São alimentos que poderiam render ao mercado e nutrir milhões de pessoas que, aliás, são outro significativo desperdício.



Não é possível mensurar quantos talentos deixam de aflorar em todas a áreas por não receberem oportunidade, investimento, por não serem descobertos.





A exceção é o futebol, modalidade milionária global que tem craques revelados em todos os cantos e possui  clubes, ligas e competições estruturadas, que faturam alto e que, ainda assim, poderiam ser mais transparentes e eficientes.

No caso do tênis, o Brasil cresce sob o estímulo da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos que aqui serão realizados em 2014 e 2016. No entanto, anos foram jogados fora por falta de planejamento e de dinheiro e que poderiam ter dado ao país mais e melhores tenistas. Que poderiam ter incluído o Brasil na rota de competições maiores, capazes de atrair jogadores com melhor classificação no ranking para competir aqui.

Os grandes tenistas têm passado pelo Brasil nas competições juvenis ou no início da carreira no Brasil Open. Como Agassi e Nadal, entre outros. Ou para jogar a Copa Davis quando a seleção nacional consegue subir nos grupos.

Divertido

A temporada 2012 acabou e só falta a decisão da Davis para espanhóis e tchecos.

Em férias, Djokovic, Federer, Tsonga, Ferrer, Bellucci e tenistas da WTA vão jogar no Brasil nas próximas semanas.

Serão jogos de exibição.
Não valerão pontos para o circuito e não terão a competitividade do mesmo.

O calendário será de compromisso comercial e divertido descanso para os jogadores no Rio de Janeiro e São Paulo.

Como entretenimento, vale muito.

Mas o que deixa uma certa sensação de ausência é que estes tenistas poderiam jogar aqui pelo circuito. Poderiam se houvesse investimento para realizar um ATP 500 ou até um ATP 1000.

Falta isso.

Um ATP 500 está nas mãos do Rio de Janeiro, que comprou a data de Memphis para 2014.

Efeito Copa e Jogos Olímpicos.

E depois?

É que o país tem tantas dificuldades e carece tanto de tanto que não se pode esperar algo desse tipo, um torneio de tênis grande e estabelecido. O país  transita por escolhas e caminhos tão obscuros que não é simplesmente decidir e fazer.


Não se pode esquecer o desperdício.
Esta bola fora.




A chamada Era Guga, freada pela suspeita corrupção na CBT é um exemplo.











C´mon!



fontes: Banco de Alimentos, Tênis Brasil, Globo, Terra
fotos: newspaper, fredcaninana, ttkos, caranguejo

Nenhum comentário:

Postar um comentário