sábado, 21 de abril de 2012

A dor de uma morte

Se Djokovic fosse batido hoje por Berdych, não seria espantoso.

O sérvio perdeu o avô durante o torneio de Monte Carlo. Esteve emocionalmente abalado desde então e, contra um adversário duro como o tcheco, ser derrotado seria um resultado esperado. 

No entanto, Nole demonstrou, mais uma vez, uma firmeza mental incomum. 

Foi capaz de virar a partida (4/6-6/3-6/2) e garantir lugar na final do ATP de Mônaco. 
Ele pega Rafael Nadal, que despachou (6/3-6/4) Gilles Simon. 
O espanhol vai tentar amanhã o oitavo título consecutivo no torneio do principado. 

Muralha

Nadal pode ser o especialista no saibro e até ser apontado como favorito por alguns. Mas ele vai ter que dinamitar uma muralha. 

Djokovic é o número 1. Tem força física e emocional. 
E pode ter consigo um estímulo que não esteve presente em nenhum outro jogo ou torneio da carreira do jogador. 

A dor de uma morte. 

Novak está ferido pela perda familiar. Vladmir, o avô, era uma pessoa importantíssima para a família, acolhida por ele durante a Guerra do Kosovo, segundo informou Dácio Campos na transmissão do jogo de Novak contra Dolgopolov, no dia da morte. Apesar do fato trágico, Djokovic permaneceu na competição e deve fazer deste torneio e do consequente título, se conquistar, uma homenagem à memória do parente querido. Nestas condições o foco do sérvio e a motivação subirão a um nível ao qual o espanhol pode não ter alcance. 

A final ganha, assim, um componente diferente. Deverá ser um jogo histórico pelas circunstâncias.

Apostamos em Nole. 

fonte: Record PT
foto: uol

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